Novo remédio para emagrecer à vista
Um grupo de pesquisadores da Faculdade Albert Einstein de Medicina e Neurociências de Nova York descobriu que a reação de um composto químico com uma enzima encontrada no corpo dos ratos leva imediatamente o organismo a consumir mais gorduras. O artigo foi publicado na revista Cell Metabolism.
Denominada Fyn, a enzima consegue controlar, embora indiretamente, a atividade que os pesquisadores descrevem como “o comutador mestre de energia nos tecidos adiposo e muscular”. Como se sabe, quando ocorre um desequilíbrio entre o que se come e o que se gasta, o resultado é excesso de peso e obesidade. O novo composto ajudará o corpo a queimar esta energia adicional.
A equipe responsável pelo estudo já tinha demonstrado que quando os roedores consomem esta enzima queimam mais ácidos graxos e gastam mais energia, ficando mais magros e se mantendo no peso. Esses roedores também apresentaram outros benefícios metabólicos, inclusive uma maior sensibilidade à insulina.
Tudo leva a crer que esta enzima pode levar a um novo tipo de remédio destinado à perda de peso. No entanto, os estudos ainda são muito preliminares. A própria responsável pela pesquisa, Claire Bastie, afirmou que o composto testado em ratos não deve ser aplicado em testes clínicos com humanos porque, além dos efeitos sobre a gordura e o músculo, atuaria também sobre o cérebro. O primeiro passo, porém, já foi dado. Basta que os cientistas encontrem agora um composto que afete somente os mecanismos moleculares desejados.
Um em cada dez bebês nasce antes do tempo
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 130 milhões de bebês nascidos por ano no mundo, um em cada dez nasce antes da 37ª semana de gestação. A maioria vive em países mais pobres, onde as chances de sobrevivência são baixas. A maioria dos nascimentos prematuros ocorre na Ásia e na África, principalmente devido à ausência de remédios para tratar infecções maternas na gestação.
Nos últimos anos a medicina neonatal tem conseguido salvar 80% dos bebês nascidos com menos de 1.200 gramas, ou seja, a sobrevivência deixou de ser a maior preocupação dos neonatologistas e pediatras. O desafio hoje é conhecer e amenizar os efeitos tardios da prematuridade, como os problemas de comportamento ou de aprendizagem.
Pesquisadores noruegueses publicaram um importante estudo no New England Journal of Medicine onde analisaram registros compulsórios de 903 mil pessoas nascidas no país sem anomalias congênitas entre 1967 e 1983. Algumas das conclusões encontradas:
* Entre os bebês nascidos a termo (a partir de 37 semanas de gravidez), 0,1% teve paralisia cerebral. Já no grupo de prematuros (nascidos entre 23 e 27 semanas), 9,1% apresentaram o problema.
* 4,4% dos prematuros apresentaram retardo mental contra apenas 0,4% dos nascidos a termo.
* Desordens de comportamento (como ansiedade) e dificuldades de aprendizagem foram verificadas em 2,5% dos prematuros e em 0,2% dos bebês nascidos no tempo ideal.
* Um quarto dos prematuros concluiu a universidade. Entre os não prematuros, a porcentagem é de 34%;
Vale ressaltar que nem todo prematuro terá dificuldades no futuro. A maioria, como demonstra o estudo norueguês e vários outros, não terá problema algum decorrente do nascimento precoce. “Estamos falando de risco. Quem fuma, por exemplo, corre risco mais elevado de ter câncer de pulmão. Mas não significa que todo fumante vai morrer disso”, afirmou o responsável pelo estudo.
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