Brasil de Todas as Telas investe R$ 30 milhões em novos filmes

Ancine anuncia os vencedores da Chamada Pública Prodecine voltado para obras com linguagem inovadora e relevância artística
sábado, 12 de novembro de 2016
por Jornal A Voz da Serra
“Beduíno”, de Júlio Bressane
“Beduíno”, de Júlio Bressane

Um total de 22 projetos de longa-metragem dividirá os R$ 30 milhões em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual - FSA, oferecidos pelo Programa Brasil de Todas as Telas, conforme divulgação da Ancine, na manhã de quinta-feira, 10. O resultado final da chamada pública Prodecine 05/2015, que investe em projetos de linguagem inovadora e relevância artística, foi anunciado pelo diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, com a presença dos diretores da Ancine, Rosana Alcântara e Roberto Lima, além de representantes do setor audiovisual.

“Esta é uma linha de investimento que valoriza os realizadores e suas escolhas artísticas. Apostamos em obras com potencial para trilhar carreira em festivais nacionais e internacionais, ampliando a visibilidade do filme brasileiro, e que também possam chegar ao circuito de salas de cinema, diversificando a oferta e ampliando o público do cinema nacional. Não acreditamos em um único tipo de filmes. A sociedade brasileira é plural e deseja ter acesso a filmes de diversos gêneros, linguagens e sensibilidades”, disse Rangel.  

A Prodecine recebeu 330 inscrições em sua 3ª edição, um aumento de 65% em relação à última. A comissão de seleção foi composta pelos cineastas Giba Assis Brasil e Hilton Lacerda e por três funcionários da agência. Dos 22 projetos selecionados, 16 são filmes de ficção, cinco são documentários e um é filme de animação para o público adulto. Esses projetos serão realizados por produtoras independentes sediadas em sete estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, e no Distrito Federal.

Entre os contemplados há projetos de cineastas veteranos, como Geraldo Sarno, Sílvio Tendler, Geraldo Moraes, Paula Gaitán e Carlos Gerbase, e nomes da novíssima geração do cinema brasileiro, como Adirley Queirós, Maya Dá-Rin, Alice Furtado e Gustavo Galvão. Dez diretores são estreantes no formato longa-metragem de ficção.

Trajetória de filmes já contemplados

Em funcionamento desde 2013, a Prodecine contemplou 33 projetos, dos quais boa parte já foi finalizada e faz carreira em festivais e mostras, antes da estreia comercial. “Beduíno”, de Júlio Bressane, um dos vencedores anunciados em 2014, fez sua estreia mundial no Festival de Locarno, na Suíça. 

Vencedor dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz no Festival do Rio 2016, “Fala Comigo”, do estreante Felipe Sholl, também foi selecionado no primeiro edital. Outro projeto que percorreu festivais, acumulando prêmios, foi o longa “Mulher do Pai”, filme de estreia da diretora Cristiane Oliveira, que recebeu os prêmios da crítica na Mostra São Paulo 2016 e de de Melhor Direção no Festival do Rio deste ano.

“O Último Trago”, realizado pelo coletivo cearense Alumbramento, já participou do Festival de Brasília, da Mostra São Paulo, da Janela Internacional de Cinema do Recife e entra na programação da próxima Semana dos Realizadores, marcada para este mês, no Rio de Janeiro.

Dos filmes selecionados na primeira edição, cinco já estão prontos e presentes no circuito de festivais, três estão finalizados e se apresentando aos festivais, seis estão filmados e em finalização, e três em processo de filmagem.

Sobre o programa 

O “Brasil de Todas as Telas”, lançado em julho de 2014, foi desenhado para estimular a expansão do mercado e a universalização do acesso às obras audiovisuais brasileiras. Trata-se de uma ampla ação governamental que visa transformar o Brasil em um centro relevante de produção e programação de conteúdos audiovisuais. 

O Programa foi formulado pela Ancine em parceria com o Ministério da Cultura, e com a colaboração do setor audiovisual por meio de seus representantes no Comitê Gestor do Fundo Setorial de Audiovisual- FSA.

Os resultados do Programa vêm superando as metas estabelecidas. Até outubro deste ano, foram apoiados 486 longas-metragens e 476 séries ou telefilmes. A aposta no investimento em desenvolvimento de projetos também foi bem sucedida, rendendo a estruturação de 69 núcleos criativos em todas as regiões do país, e garantindo o desenvolvimento de 769 novos projetos de obras audiovisuais.

Em seu terceiro ano, o “Brasil de Todas as Telas” garante a continuidade de uma política pública vigorosa para o audiovisual brasileiro. Para dar previsibilidade às suas ações de investimento, a Ancine disponibilizou o Calendário de Financiamento para o biênio 2016/2017, que traz as datas previstas para a abertura e divulgação de resultados das chamadas públicas do Programa.

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