Eloir Perdigão
O mês de junho chegou e com ele as tradicionais festas juninas, que acabam invadindo o mês de julho também. Época de espantar o frio com bebidas quentes, cachorro-quente e muitas guloseimas. Uma boa festa caipira pode até ter fogueira, mas nada de balão. A natureza agradece.
No 6º Grupamento de Bombeiro Militar (6º GBM), o aspirante a oficial Neilson Sant’Ana Silva adverte que a prática de soltar balão é crime previsto em lei. E neste período, devido à falta de chuvas, fica mais propícia a ocorrência de incêndios florestais. Por isso os bombeiros pedem que a população redobre os cuidados para não depositar lixo junto à vegetação, pois uma garrafa, uma lente ou um vidro qualquer pode se tornar um foco de incêndio, que pode tomar grandes proporções.
Sant’Ana Silva relembra que quem solta balão está sujeito a sanções: “Quem for pego soltando balão vai ser preso e enquadrado segundo a nossa lei”, frisa. E a comunidade pode denunciar tal prática. “Quem ver alguém soltando balão pode ligar para a Polícia Militar – 190 – ou para o Corpo de Bombeiros – 193 – que também pode atender a denúncia”.
Os balões se tornam um grande problema porque, na maioria das vezes, caem com a bucha ainda acesa ou se incendeiam no ar, e ao caírem, provocam o incêndio. E neste período, devido à ausência de chuvas, a vegetação está seca e, em contato com a chama do balão, as chamas aumentam e podem tomar grandes proporções.
O atual período de estiagem também facilita focos de incêndio em vegetação. E isto exige cuidados maiores por parte da população. Sant’Ana Silva lembrou os perigos de queimadas ilegais para plantação e queimadas de lixo, ainda comuns hoje em dia. “Nós solicitamos à população que não faça isso e tome muito cuidado. E ao ver um incêndio, mesmo de pequeno porte, ligue para o Corpo de Bombeiros, para que ele não se torne de grandes proporções”, enfatiza.
O aspirante a oficial chama a atenção das pessoas para que não tentem apagar o fogo por conta própria. “Devem chamar o Corpo de Bombeiros porque este período tem muito vento. E ao adentrar a mata para combater o incêndio florestal a pessoa pode se ver cercada pelo fogo e se acidentar. Então, chame os bombeiros, que são especialistas neste assunto, para que ninguém corra riscos”, destaca o aspirante Sant’Anna.
Além de vidas humanas em perigo, os incêndios florestais também são uma ameaça à flora e à fauna. Sant’Ana Silva cita que, muitas vezes, vemos o incêndio florestal como aquela queimada só na vegetação, ao passo que, devido ao aumento de proporção, pode também atingir casas e pessoas. E mesmo que o incêndio não esteja próximo a residências o Corpo de Bombeiros dá combate às chamas. “O Corpo de Bombeiros tem como prioridade vidas alheias e riquezas a salvar. Independente de vidas humanas ou não. Então por ser a mata o habitat de vários animais, nós devemos protegê-la”. O período de estiagem tem início agora em junho e se estende até o mês de outubro. E todo cuidado é pouco para que não haja incêndios em vegetação.
Muitas pessoas chegaram a afirmar que a tragédia climática de janeiro alcançou proporções maiores devido aos incêndios florestais ocorridos todos os anos. Sant’Ana Silva salienta que não teve relatos de especialistas sobre este assunto. “Mas a gente sabe que as queimadas provocam o enfraquecimento do solo. Então pode ter alguma coisa a ver, mas não posso afirmar por não ser especialista nessa área. Porém, devemos evitar os incêndios porque é uma perda muito grande para os animais, para as matas e para a população também”, finalizou. Para chamar o Corpo de Bombeiros basta ligar para 193 e informar nome e endereço que a solicitação será atendida imediatamente.
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