Boca limpa: enxaguantes bucais ajudam, mas precisam de indicação de um dentista

sexta-feira, 08 de março de 2013
por Jornal A Voz da Serra

Amine Silvares

Entre os inúmeros problemas causados pela higiene bucal indevida, o mau hálito é um dos que mais perturbam. O aumento da oferta de enxaguantes bucais que prometem eliminar o incômodo faz muita gente acreditar que essa é a solução da questão, mas as bactérias que causam o mau hálito muitas vezes não são afetadas com a utilização do produto por não estarem na boca.
Também conhecidos como colutórios bucais, eles podem ter funções diferentes. A dentista Carolina Montechiari destaca algumas funções como higiene pós-cirúrgica, controle de cárie, combater a hipersensibilidade nos dentes e eliminação de bactérias. “Os fluoretados podem ser usados diariamente desde que haja indicação, porém os antissépticos bucais, que são os que possuem alta concentração de álcool e outras substâncias, como bactericidas, que eliminam não só as bactérias maléficas, mas também as que compõem a flora oral, podem causar alterações no paladar e porosidade no esmalte dentário, tornando os dentes suscetíveis a manchas e escurecimento no esmalte”, destacou a dentista. Ela ainda recomenda que um profissional seja consultado antes de começar a usar estes enxaguantes. 
A utilização dos colutórios é uma alternativa procurada por quem quer controlar a placa bacteriana e o mau hálito, mas não é o suficiente. “O controle da placa bacteriana só se torna 100% eficaz com ação mecânica da escovação e uso do fio dental”, frisou. Ela ainda afirmou que o mau hálito pode ser causado por problemas estomacais, o que pode tornar a ação dos enxaguantes inútil.
Os cuidados com a higiene bucal devem ser constantes e ter acompanhamento de um dentista. Apesar de não oferecerem grandes riscos à saúde, o excesso de algumas substâncias pode fazer mal. “Alguns estudos indicam maior risco de câncer bucal em pessoas que fazem uso contínuo de enxaguatórios com álcool, porém não existem comprovações científicas que comprovem que o uso dessas concentrações de álcool existentes nos colutórios seja responsável por efeitos cromossômicos degenerativos nas células da mucosa oral”, finalizou Carolina.

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