Uma onda de especulações sobre um suposto surto de malária tem preocupado nos últimos dias os moradores de Nova Friburgo e cidades vizinhas. De acordo com as informações propagadas, principalmente por redes sociais e aplicativos de telefonia móvel, somente no último dia 18, três casos da doença teriam sido confirmados, além de outras três suspeitas. A área afetada, conforme o texto, seria o distrito de Lumiar, em Nova Friburgo, e localidades como Sana, em Macaé, e Rocio, em Petrópolis.
Desde que a notícia começou a ser veiculada, a redação de A VOZ DA SERRA vem recebendo uma série de telefonemas e mensagens de leitores alarmados com o possível surto da doença, provocada por protozoários e transmitida pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Predominante em países de clima tropical e subtropical, a malária é uma doença que se concentra na região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), onde está concentrada a maioria dos casos. Isso, no entanto, não significa que ela não ocorra em outras áreas do país. Entre os principais sintomas da malária estão febre e dores de cabeça e no corpo, calafrios e náuseas. Não existe vacina para combater a doença e o seu tratamento é padronizado pelo Ministério da Saúde, sendo feito com internação hospitalar e medicação oral.
Apesar da gravidade da doença, a Secretaria de Saúde de Nova Friburgo informou que a população não tem motivo para se afligir, pois as informações sobre o surto são apenas rumores. De acordo com a Secretaria, em 2013 dois casos foram notificados e confirmados, enquanto que, em 2014, apenas uma suspeita (dada como negativa) foi registrada em Nova Friburgo. Este ano, apenas dois casos foram comunicados às autoridades de saúde e ambos os resultados foram negativos. Sobre os casos divulgados nas redes sociais na última semana, a Secretaria informou que estes estão sendo investigados no município do Rio de Janeiro, onde os pacientes infectados moram.
Entretanto, ainda que não exista surto da doença em Nova Friburgo, a Secretaria alerta para os cuidados que devem ser tomados para que não haja transmissão da doença. "As pessoas devem usar mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas e repelente. Em caso de suspeita de malária, o indivíduo deve se dirigir a qualquer unidade de saúde. Se confirmada a doença, o tratamento é feito no próprio município, a Secretaria Estadual de Saúde é notificada para que o município receba a medicação específica para o paciente, sempre com o acompanhamento e orientação médica”. Vale destacar que a malária é uma doença grave e potencialmente fatal, mas que, se tratada a tempo e adequadamente, pode ser curada.
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