Por aqui, quer dizer, no Brasil todo, bloco de rua, ou de animação, é um termo genérico usado para definir diversos tipos de manifestações populares carnavalescas. Um grupo de amigos se junta para festejar o Rei Momo, de forma mais ou menos organizada, vestindo uma mesma roupa ou fantasia ou uma simples camiseta customizada, e sai pelas ruas cantando, com seus repiques e tamborins, sambando e pulando.
Os primeiros registros de blocos licenciados pela polícia - antigamente, era assim - no Rio de Janeiro, datam de 1889. Eram muitos e, entre eles, destacamos: Grupo Carnavalesco São Cristóvão, Bumba Meu Boi, Estrela da Mocidade, Corações de Ouro, Recreio dos Inocentes, Piratas do Amor, Zé Pereira, Lanceiros, Prazer da Providência, Teimosos do Catete, Prazer do Livramento, Filhos de Satã etc. Tudo organizado para evitar "confusão". Naquela época. Por que, hoje, a confusão, digamos, faz parte.
Coisa de cem anos atrás, diversos grupos carnavalescos eram chamados de blocos, dos quais muitos evoluíram para escolas de samba. Entre idas e vindas, a quantidade deles oscilava, entre menos e mais, para depois, principalmente, nas últimas décadas, ressurgirem. De uns tempos para cá, todo ano tem novidade, em todo lugar, dos menores municípios às capitais. Nova Friburgo engrossa essa lista com a criação de novos blocos a cada carnaval. E para a alegria dessa gente que ama samba e só quer ser feliz, alguns já estão nas ruas! Como o Bora Viver, Rock’n’Redo, entre outros. Confira aí!
Quem faz a folia nas ruas de Friburgo
O mais novo bloco friburguense criado mês passado é o Bora Viver, do jornalista e deputado estadual Wanderson Nogueira e seus amigos que resolveram antecipar, juntamente com o grupo Baratona Sem Limites, a folia momesca: neste sábado, 3, a galera vai cair no samba.
A concentração está marcada para 15h, na Praça do Suspiro, e de lá partem para um giro pelas ruas e bares da cidade. No percurso, ruas Portugal, Farinha Filho, Monte Líbano e Fernando Bizzoto, onde ficam tradicionais points da turma que adora furdunço regado a chope. Sem hora para acabar... Para essa turminha animada, alegria é o que importa, porque disposição não é problema.
Já o Rock’n’Redo (foto) é o bloco carnavalesco criado a partir da união de amigos amantes do rock’n’roll, mas que também não resistem ao clima alto astral do carnaval e do mundo do samba. “Incorporamos aos grandes sucessos do rock nacional e internacional o ritmo contagiante do samba, fazendo surgir um novo estilo, derivado desta fusão. Vamos para as ruas levando a descontração e o humor característicos do carnaval e dos sambas-enredo aliados a deliciosas canções de rock imortalizadas em versões já consagradas”, conta André Lima, um dos foliões do bloco.
Ele avisa que as camisas do bloco já estão à venda em vários pontos da cidade e nos locais de apresentação do Rock’n’Redo, como sábado, 3, no Barril Steakhouse (Bom Jardim); quinta-feira, 8, na Chopperia Casarão de Minas; sábado, 10, no Willa Deguste; e no domingo e segunda de carnaval no Fri Chopp, na Praça do Suspiro.
Uma figura bem representativa do espírito do carnaval é o jornalista Léo Libânio, um folião que aparentemente faz o gênero “bloco do eu sozinho”. Mas não é nada disso. Equipado com um headphone e um estandarte, na verdade ele vai para a rua, uma semana antes do carnaval, para divulgar o seu bloco Ugly But honest. É assim que ele entra no clima e, ao mesmo tempo, atrai e diverte as pessoas com sua performance original, por onde passa.
O fato é que Nova Friburgo tem mais de 20 blocos de rua. Alguns bem antigos como os tradicionalíssimos Maluco Beleza, Piranhas e Predial Primus, que todos os anos abrem oficialmente, juntos e misturados, o carnaval friburguense. Tão importante quanto tem o “Dos 9 aos 90”, que traz como musa a veterana Marly Pinel. E mais o Rastafare, o Frizão, o Otávio e Carolina, e muitos outros. Entre os novos e recentes, além do ‘Ugly…”, que estreou ano passado, tem ainda Amoribunda e o Vai Tomar no Cooler...
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