Que mulher passa diante de uma vitrine sem dar uma espiadinha? Com ou sem anúncios de descontos, é sempre um chamariz para quem gosta de ter uma novidade no guarda-roupa. E de pecinha em pecinha, seu armário acaba cheio de roupa, tantas, que muitas vezes você nem sabe direito o que tem. É hora de esvaziar os armários e gavetas para separar o que ainda é útil e o que pode ser passado adiante.
Aí está uma ótima oportunidade para se desfazer daquela roupa que foi usada só uma vez, ou aquela comprada por impulso e que depois você descobre que não tinha nada a ver, ou até aquela peça que ainda está com a etiqueta e que você nunca vai usar mesmo. Você pode fazer doação para os inúmeros bazares que são promovidos por igrejas, comunidades, hospitais, etc, sem fins comerciais, que angariam fundos para ajudar os necessitados.
Por outro lado, em tempos de grana curta, mas resistindo a diminuir o ritmo de consumo, você pode unir o útil ao agradável: amplie seus horizontes e monte um negócio próprio. Abra um bazar, ou brechó, como queira. A moda hoje possui identidade cada vez mais própria e pessoal, sem preocupação com tendências. O que está valendo é ser diferente. Por isso, este tipo de negócio está em expansão, apesar da crise. Ou, por causa dela.
Do outro lado do balcão
Agora, se você cogita montar um bazar de roupas usadas, vá com calma, pesquise tudo sobre esse tipo de negócio. Assim como tantos outros, o setor de moda não está em sua melhor fase e é importante saber que o lucro não é dos maiores. Mas, sem dúvida, pode ser uma boa pedida para quem curte comércio e tem como conseguir peças nem que seja de uso próprio.
Depois que você definir o público-alvo que quer atrair é hora de montar a estrutura. Aqui há duas formas: bazar de roupas usadas chiques, de grife, e bazar de roupas usadas baratas. Na primeira opção, seu público-alvo é a classe média, que admira as peças mas não pode comprar marcas como Versace, Chanel, Colcci, entre outras. Uma peça de tais marcas pode custar entre R$ 100 e R$ 1.500, e vendida em um bazar por no máximo a R$ 200.
A outra opção é vender roupas comuns, tradicionais e sem grifes renomadas no mercado, que podem ser vendidas entre R$ 5 e R$ 20 a peça, sendo um pouco mais caros os vestidos de festas. Para este modelo, seu empreendimento será voltado para classe média baixa, visando um lucro menor, mas constante. Resumindo, a definição do público-alvo é que vai definir o custo e montagem da estrutura do seu negócio.
Credibilidade e preço justo
Para montar um bazar de roupas usadas é preciso organizar peças como blusas, calças, camisas, tops, entre outras, separando cada acessório por categoria. Depois de organizado é hora de botar preço em cada peça. Para avaliar, é preciso ser justo e levar em conta o valor que pagou por cada peça. Caso tenha esquecido, leve em consideração o número de vezes em que o acessório foi utilizado. Pratique preços justos. É da maior importância que você seja honesto e não tente tirar proveito de uma ou outra situação. Sua postura frente ao seu negócio é fundamental para passar credibilidade e, consequentemente, alcançar o sucesso que você espera para o seu bazar.
Agora, a melhor parte de tudo, que é dar forma ao seu bazar/brechó: faça de uma maneira que deixe o ambiente bem atraente. O que significa caprichar na organização, com peças separadas, de preferência por categoria, isto é, por tipo de roupa. Caso queira um bazar mais sofisticado, o ideal é montá-lo como se fosse uma loja convencional de roupas novas, investindo mais na aparência do local e na disposição das roupas.
Então, boa sorte, se realize, seja na frente ou atrás do balcão. Ou em ambos os lados!
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