Bastidores da Política - 7 a 9 de maio 2011

domingo, 31 de julho de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Prefeitura convoca mais 184 concursados de 1999 Primeiro foram servidores da Saúde (técnicos e auxiliares de enfermagem). Agora, a Prefeitura está convocando mais 184 concursados de 1999 para tomarem posse. A lista dos convocados está sendo publicada nesta edição (ver página 12). Através de ato oficial assinado pelo prefeito Dermeval Neto -foto-, estão sendo chamados 66 auxiliares de creches e 74 merendeiras para ocuparem seus cargos na rede pública municipal. Além deles, a chamada ainda beneficia oito fiscais de obras; cinco fiscais de trânsito; 15 fiscais tributários e dois fiscais do Procon. A convocação segue a ordem de classificação do certame seletivo. Os concursados tem o prazo máximo de 15 dias para se apresentarem na Secretaria Municipal de Administração, munidos de documentos exigíveis e pertinentes às suas atividades profissionais. O não comparecimento dos candidatos, no prazo estipulado, implicará na sua desistência tácita, podendo assim, a Prefeitura fazer a convocação dos demais aprovados, obedecendo-se a ordem de classificação. Bispo afirma que “as catástrofes continuam e sem ações o problema persiste” Em entrevista concedida nesta quinta-feira, 5, em Aparecida do Norte, durante a 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) o chefe da Diocese de Nova Friburgo, dom Edney Gouvea Mattoso - foto - lembrou as catástrofes naturais ocorridas no Brasil, no início do ano. Ele pediu para que a população e o governo (federal, estadual e municipal) não se esqueçam das regiões que foram atingidas pelas tragédias. O bispo friburguense destacou o trabalho de protagonismo da Igreja de apoio material e espiritual às vítimas, que contou com a força de quase mil voluntários. “Nós já vivemos o luto suficiente. Agora, é preciso recomeçar e a sociedade cobra para que os governantes façam a sua parte”, declarou, ao cobrar soluções do poder público não só na Região Serrana, mas em várias outras regiões. Dom Edney começou a coletiva agradecendo o trabalho da imprensa em divulgar e informar a sociedade do ocorrido em Nova Friburgo. Segundo o bispo, somente as imagens do ocorrido puderam demonstrar a magnitude da catástrofe natural em Nova Friburgo e outros sete municípios serranos, onde cerca de mil pessoas morreram, além da grande quantidade de desaparecidos e desabrigados. Dom Edney explicou que as tragédias em Nova Friburgo ocorreram por consequência de vários fatores. “Não havia como prever um fato como o que acometeu o estado. Ações provocadas por esses desequilíbrios da natureza tendem a aumentar. É preciso realizar ações macro para que não tenhamos que lamentar tantos desastres. Controlar as ações da natureza é difícil”, ressaltou. O bispo lembrou ainda que na Região Serrana há pelo menos 200 encostas com risco de desabamento, e pediu para que a ação do Estado comece o mais rápido possível para evitar futuros desastres. “Chega de tanto desastre, chega de tantas mortes”, enfatizou. Pezão reitera que Contorno será construído Para ajudar a reconstrução da Região Serrana, após a tragédia das chuvas de janeiro, foi lançado nesta quinta-feira, 5, o selo “Feito na Serra Carioca”, para caracterizar produtos da região. A ideia do projeto é ajudar a população a identificar estes produtos e estimular o consumo solidário. O lançamento aconteceu no Encontro de Negócios de Turismo da Região Serrana, realizado no Palácio do Itamaraty, com a presença do vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão -foto-. Idealizado pela equipe da Crama Design Estratégico, o selo também estará estampado em materiais de propaganda. Junto à logomarca, terão frases como: “Aqui tem produtos da Serra Carioca. Compre e ajude a reconstruir o futuro de milhares de famílias” ou “Juntos para recomeçar. Compre produtos da Serra Carioca”. A adesão ao selo será voluntária. O vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, reiterou que o Estado continua o trabalho para reconstruir as cidades afetadas pela enchente. “As máquinas continuam lá trabalhando. Vamos, em breve, começar a construção de 80 pontes. Também vamos destinar cerca de R$ 300 milhões para reconstruir as estradas da região e mais R$ 160 milhões para fazer a Estrada do Contorno de Nova Friburgo, com um túnel, rodovia moderna e tirando todo o trânsito pesado do centro da cidade”, disse. CPI da Alerj: concessionária diz que rompimento de adutora não potencializou tragédia climática A concessionária Águas de Nova Friburgo apresentou nesta quinta-feira, 5, durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga os responsáveis pela tragédia causada pelas chuvas na Região Serrana, estudos técnicos que comprovariam que o rompimento da adutora instalada no bairro de Duas Pedras não aumentou o volume de água que praticamente destruiu o bairro durante as fortes chuvas de janeiro. De acordo com a empresa, às 2h (de 12 de janeiro) a cidade estava totalmente sem energia elétrica e, por consequência, com o abastecimento de água interrompido. Devido a falta de energia em todo o município, não passava água pela adutora danificada desde as 2h50. Segundo a Defesa Civil, o deslizamento em Duas Pedras ocorreu por volta de 7h. “A justificativa tem viabilidade técnica. Eu levantei a possibilidade de que o escorregamento tenha levado a ruptura da adutora e essa ruptura tenha agravado o problema. Eu pedi que a concessionária enviasse documentos que comprovem as informações de hoje (dia 5). Nós vamos aguardar a chegada dos documentos e depois decidir se os acatamos ou se vamos encaminhá-los ao Ministério Público”, comentou o presidente da CPI, deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB). “Nós queremos, agora, o laudo de vistoria feito pela Defesa Civil. Vamos chamar aqui o engenheiro que fez esse trabalho”, acrescentou. Durante o encontro, a concessionária apresentou o quadro de memória de massa da Energisa, empresa responsável pelo abastecimento de energia na cidade. Segundo o presidente da CPI, o documento comprova a queda do serviço na estação “pulmão”, que bombeia a água na direção da adutora que rompeu. “O ponto de ruptura não contava com água a, pelo menos, 50 minutos. A energia caiu às 2h. Às 2h15 todas as unidades estavam desligadas. Em 50 minutos a adutora, no ponto de rompimento, estava vazia”, lembrou Alexandre Bianchini, representante do grupo Águas do Brasil — do qual a concessionária Águas de Nova Friburgo é integrante. O abastecimento de energia no município só foi retomado completamente depois de cinco dias. Já o abastecimento de água só voltou à normalidade em 12 dias. Os representantes da empresa afirmaram, depois de uma analise técnica feita pela Defesa Civil municipal, no final do ano passado, que a área em questão não representava risco algum. “Essa adutora é totalmente estável. Não temos histórico de deslizamento no local. Não houve nada que contribuísse para o acidente”, acrescentou Bianchini. Participaram da CPI nesta quinta-feira, os deputados Luiz Paulo (PSDB), Alcebíades Sabino (PSC), Nilton Salomão (PT), Marcus Vinícius (PTB), Rogério Cabral (PSB), Bernardo Rossi (PMDB) e Janira Rocha (PSol). “É preciso discenir entre união civil e casamento” Perguntado sobre o julgamento da união homoafetiva ocorrida esta semana no Supremo Tribunal Federal (STF), o bispo de Nova Friburgo disse que é preciso diferenciar a união civil e casamento. “Uma coisa é união civil, outra coisa é casamento”, destacou. Ainda segundo ele, “o direito de duas pessoas que conviveram e constituíram patrimônio, herdar, eu penso que é consenso, mas não se deve chamar a essa união casamento”. Para vários bispos presentes à 49ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário de Aparecida (SP), a união gay é “destruição da família”. Para dom Edney Gouvêa Mattoso, é preciso que haja discernimento entre o que é “união civil” e “casamento”, já que a Igreja Católica condena o casamento entre homossexuais, não a união civil: “Uma coisa é união civil, outra é casamento. A Igreja se posiciona contrária à questão do casamento. O casamento, do ponto de vista religioso, é um sacramento e tem suas orientações próprias. Agora, o direito de duas pessoas de conviver e constituir um patrimônio, com herança, penso que é consenso. Mas essa união não pode ser chamada de casamento”, frisou ele.
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