Bastidores da Política - 5 a 7 de março 2011

Heródoto divulga depoimento na Rádio Friburgo AM e diz que “está caminhando para retornar às funções” A Rádio Friburgo AM divulgou com exclusividade na tarde desta sexta-feira, 4, às 16h10, um depoimento de dois minutos e vinte segundos do prefeito licenciado Heródoto Bento de Mello (PSC), aparentemente sem edição, no qual afirma estar "caminhando para retornar às nossas funções de prefeito". O CD contendo o depoimento de HBM foi entregue à direção da emissora pelo ex-secretário municipal de Governo, Braulio Rezende, e pelo publicitário Alexandre Meinhardt, e transmitido pela primeira vez durante o programa "Boa Tarde Nova Friburgo". Embora perceptível, a voz do prefeito licenciado na gravação apresenta certa fragilidade. Depois de dizer que "está caminhando para retornar às funções", o prefeito licenciado disse que "vamos ter muito trabalho pela frente [para reconstruir a cidade]" e que é necessário que "a população esteja unida", acrescentou. Heródoto ainda disse que vai precisar de todos os que estejam dispostos a ajudar a cidade. Em outro trecho, o prefeito licenciado afirma que "muita gente está sofrendo" em Nova Friburgo, mas que "não há dúvida de que vamos vencer", destacou. Ele disse estar orando pelos friburguenses e que "Deus está conosco e que nós estamos com Ele", concluiu. Esta foi a segunda declaração de Heródoto à população friburguenses desde que se acidentou numa estação ferroviária em Lausanne, na Suíça, em setembro passado. A declaração anterior,editada, foi distribuída aos meios de comunicação através de um vídeo. Na semana passada, o prefeito licenciado recebeu a visita dos vereadores Nami Nassif (sem partido) e Edson Flávio (PR) em seu apartamento no centro da cidade, onde se recupera fisicamente do acidente ocorrido no ano passado. Uma fotografia e alguns detalhes da visita foram distribuídos à imprensa por amigos e familiares do prefeito licenciado. Tragédia climática: CPI da Alerj visita Nova Friburgo no dia 12 Criada em 24 de fevereiro para investigar as responsabilidades de agentes políticos e públicos em face do desastre climático ocorrido nos municípios da Região Serrana em 12 de janeiro, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa estará em Nova Friburgo no dia 12 deste mês (sábado que vem) para recolher informações. A CPI da Alerj, presidida pelo deputado Luiz Paulo Correia da Rocha (PSDB) e tendo como um de seus principais membros o deputado friburguense Rogério Cabral (PSB) será recebida pelo prefeito Dermeval Neto e integrantes da Câmara Municipal às 9h. Em seguida, está previsto uma vistoria às áreas devastadas do município. A CPI foi criada por sugestão do deputado Luiz Paulo que, durante a instalação da comissão, destacou que a ideia é “levantar as causas, as responsabilidades, as ações mitigadoras e as instituições que vão apoiar a reconstrução dos municípios atingidos”, disse. Ainda segundo o parlamentar tucano, “a CPI visa fazer um estudo profundo de todas as causas que levaram a essa grande tragédia, que chegou a mais de 900 mortos e 400 desaparecidos”. Na ocasião da criação da CPI, o deputado tucano disse que a comissão vai “verificar as causas ligadas à estrutura ambiental do solo urbano, às questões relativas ao desmatamento, à geologia, à geotécnica, à hidrologia, à ocupação irregular do solo, à densidade demográfica e às políticas fundiárias e de habitação. Sem contar com as políticas de prevenção. Queremos o cumprimento e a existência de planos diretores, definindo esses usos e ocupações e, principalmente, mas não só, a verificação de todos os investimentos na última década”, destacou. Na minuta distribuída para os membros da CPI, destacam-se como possíveis causas da tragédia chuvas concentradas com intensidade e duração anormais; desmatamento; ocupação irregular de encostas; ocupação irregular de margem de rios; impermeabilização do solo urbano; subdimensionamento da rede de drenagem urbana; déficit habitacional acentuado; leniência dos órgãos públicos e ineficácia ou inexistência de planos de emergência e contingência. No decorrer dos trabalhos, a CPI fará a convocação de vários secretários e ex-secretários estaduais. Além das secretarias de estado serão convidados também os representantes de órgãos públicos, estudiosos e especialistas no assunto. Políticos e agentes públicos dos municípios afetados pela tragédia também serão chamados pela CPI, que deve funcionar por 90 dias, prorrogáveis por mais 60. Deputado Glauber Braga se reúne com representantes de bancos para discutir agilidade na liberação de créditos do BNDES Foi realizada em Nova Friburgo nesta sexta-feira, 4, uma reunião do deputado federal Glauber Braga (PSB/RJ) com os gerentes das agências financeiras locais credenciadas para fazer o financiamento do BNDES. Estiveram presentes os gerentes Carlos Alberto Fanelli (Banco do Brasil), Marcos Lutterbach (Caixa Econômica Federal), Luiz Vicente de Freitas e Julio César Rezende, Jorge Amaral (Bradesco) e Gustavo Gouvêa (Santander). O Banco Itaú, apesar de ter confirmado a presença, não mandou nenhum representante, assim como o BNDES. Após o encontro, o deputado traçou diretrizes de trabalho para acelerar o pagamento dos financiamentos. “Não podemos ficar só no discurso. Temos que apresentar soluções para a sociedade. Escutei alguns empresários nos últimos dias e agora chamei vocês para esse encontro para entender todos os lados. Precisamos ajudar esses empresários a se recuperaram. Se não fizermos isso, os próprios bancos vão sofrer com as empresas que vão fechar nos próximos meses. Todos vão ser afetados ainda mais”, disse Glauber. Até agora, o BB liberou 34 operações, resultando em R$ 5,7 milhões e outras 64 operações já estariam aprovadas para serem liberadas perfazendo R$ 15,2 milhões. Outras 225 operações estão sendo analisadas com pedido de crédito de mais R$ 41 milhões. Na Caixa Econômica Federal foram recebidos 596 pedidos, sendo que 187 foram aprovados, mas nenhum recurso liberado até o momento. A grande maioria de pedidos de crédito na Caixa não ultrapassa o patamar de R$ 100 mil. Já o Bradesco protocolou 40 propostas que resultam em R$ 5 milhões. Destas, apenas quatro operações estão na fase de pagamento que resultam em liberação de crédito de R$ 500 mil. No Santander, foram aprovados outros 15 processos, mas nenhum recurso liberado.