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Bastidores da Política - 23 de junho 2011
domingo, 31 de julho de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Falta de verba para encostas em áreas
populosas ameaça criar crise política
Em 3 de junho, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e o governador Sérgio Cabral (PMDB) anunciaram a liberação de verbas para a recuperação de oito encostas em Nova Friburgo, destruídas na tragédia climática de 12 de janeiro. Diante do tamanho da devastação, o número de obras é considerado muito pequeno. Além disso, o fato das localidades mais populosas não terem sido beneficiadas no pacote dos governos estadual e federal têm criado uma lacuna — quase uma crise — nas relações entre os aliados políticos serranos e o Palácio Guanabara. Ontem, 22, o ex-prefeito de Bom Jardim e atual secretário estadual de Reconstrução Serrana, Affonso Monnerat, esteve com o vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão, para expor o pleito friburguense e conversar sobre a possibilidade de liberação de novos recursos para contenções no município.
Em recente entrevista a esta coluna, o prefeito Dermeval Neto (PMDB) já havia tornado público que considerava “muito pouco” o número de obras de reconstrução para Nova Friburgo. Na ocasião ele disse textualmente: “Achei muito pouca obra. Além do mais, entendo que áreas prioritárias, mais populosas e carentes, ficaram em segundo plano. Foi muito pouco. A ideia, no entanto, não é só ficar reclamando, mas agir. Vamos ao Sérgio Cabral e à presidente Dilma cobrar a liberação de mais obras de encostas e também de drenagem”, disse. “São 800 encostas e só liberaram oito. Tinham que ter dado prioridade também para Conselheiro Paulino, São Geraldo, Riograndina, Córrego Dantas... Vamos pressionar para sermos ouvidos e atendidos. As chuvas vão voltar”, frisou Dermeval, alertando que se não houver uma ação mais rápida é inevitável que aconteçam novos problemas graves no próximo verão.
O resultado da reunião entre Affonso Monnerat e Luiz Fernando Pezão não foi divulgado. Mas certamente terá desdobramentos nos próximos dias.
Comissão aprova unificar
eleições municipal,
estadual e federal em 2018
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou ontem, 22, a unificação das eleições gerais e municipais, que atualmente ocorrem em períodos diferentes — com dois anos de diferença. A comissão ainda decidiu manter a reeleição no país, assim como os mandatos de quatro anos para os cargos eletivos.
Pela proposta, as eleições serão unidas no ano de 2018. Em 2016 os prefeitos eleitos terão mandato de apenas dois anos para que, em 2018, haja a coincidência das eleições. A comissão aprovou ainda a mudança na data da posse do presidente da República, governadores e prefeitos. Todos atualmente são empossados no dia 1º de janeiro. A proposta aprovada institui as posses dos prefeitos no dia 5 de janeiro, dos governadores no dia 10 de janeiro e do presidente da República no dia 15 de janeiro.
Proposta de anistia dos bombeiros
ganha aval da CCJ de senadores
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem, 22, projeto de lei que anistia os bombeiros militares do Rio de Janeiro punidos pelo governo do Estado. Eles participaram de protestos por melhoria nos vencimentos e de condições de trabalho.
O autor do projeto, Lindbergh Farias (PT-RJ), argumentou que o objetivo da anistia aos bombeiros militares é atender “às expectativas da população do Rio de Janeiro e do país”. Como foi aprovada em caráter terminativo, a matéria segue para apreciação da Câmara dos Deputados uma vez que não precisará ser votada no plenário do Senado.
Em sua exposição, Lindbergh argumentou que a prisão dos bombeiros, em 3 de janeiro, “foi um equívoco”, disse criticando o governador Sérgio Cabral (PMDB), seu aliado político no pleito do ano passado.
A ordem de prisão dos 429 manifestantes — 28 lotados em Nova Friburgo — que invadiram o quartel central da corporação partiu do governador Sérgio Cabral. No dia 16, os bombeiros voltaram a se mobilizar para que os colegas punidos administrativamente pelo governo do estado fossem anistiados. O grupo de cerca de 500 pessoas acampou nas escadarias da Assembleia Legislativa (Alerj). Participaram da manifestação parentes, profissionais da área de saúde e professores da rede estadual de ensino.
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