Bastidores da Política - 22 de janeiro de 2011

domingo, 31 de julho de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Dermeval: “É hora de respeitar os mortos e de reconstrução. A minha única certeza é que vamos reconstruir a nossa cidade” Há três meses como prefeito interino de Nova Friburgo, Dermeval Neto jamais poderia imaginar que a cidade em que nasceu, cresceu e hoje é administrada por ele poderia estar na situação em que está, em total devastação, com centenas de mortos, desaparecidos, desalojados ou desabrigados. Por onde quer que se ande, a destruição é vísivel. Compartilhando da dor e da tristeza generalizada, o prefeito em exercício desabafa: "A hora é de respeitar os mortos e quem está sofrendo com esta tragédia. A hora é também de reconstrução e, digo, a única certeza que eu tenho é que a nossa cidade vai ser reconstruída", diz. Dermeval Neto não tem ainda uma estimativa definitiva de quanto será necessário em recursos para a reconstrução de Nova Friburgo. "Já sei que se utilizássemos todo o orçamento da cidade no ano não seria suficiente para cobrir as contra-partidas à liberação de recursos federais e estaduais", avalia. Para que as pessoas tenham ideia, o orçamento da cidade este ano é de R$ 350 milhões e para cada real repassado aos municípios a lei exige que a cidade faça uma contra-partida própria de pelo menos 10% do valor aplicado. "O prejuízo é de bilhões de reais", acentua. Profundamente agradecido a todos que tem das mais variadas formas ajudado ao município neste momento de angústia e luto, Dermeval Neto já tem passado a toda a sua equipe a mentalidade que os friburguenses devem ter para reconstruir o município. "Ao longo dos tempos, a cidade viveu de remendos. E estes remendos deram em quê? Nisso que está ai... O que será regra fixa é que vamos reconstruir Nova Friburgo com planejamento e organização. Temos que exigir o melhor, fazer uma nova cidade em atitude e realizações", destaca. Dermeval Neto adianta que o reordenamento urbano da cidade será duro com a expansão imobiliária, sendo inflexível com a proibição de moradias em áreas de risco. "Em hipótese alguma isto será permitido (casas penduradas nos morros), destaca. Por falar em moradias, ele sobrevoou a Fazenda da Laje, em Conselheiro Paulino, onde já está sendo feito o levantamento topográfico da área, já desapropriada, para a construção de aproximadamente três mil casas populares. "Assim que houver o sinal verde, liberando o terreno, as obras para a construção das casas populares serão iniciadas. E não só as casas, mas toda a estrutura necessária à sua volta", afirma.
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