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Bastidores da Política - 17 a 19 de dezembro 2011
sexta-feira, 06 de abril de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Glauber Braga sofre acidente na serra,
fratura a mão e sofre corte na cabeça
O deputado federal Glauber Braga (PSB), 29 anos, sofreu um acidente automobilístico na madrugada desta sexta-feira, 16, na serra de Cachoeiras de Macacu, quando retornava a Nova Friburgo. Ele e o motorista sofreram escoriações e foram atendidos no Day Hospital, onde passaram por diversos exames. O deputado ficará internado em observação, pelo menos, até este sábado.
Segundo a assessoria de Comunicação do deputado, o acidente aconteceu por volta da uma hora da manhã no Km 59 da RJ-116 quando o deputado retornava de Brasília e havia participado de alguns compromissos políticos no Rio de Janeiro. O veículo do parlamentar foi atingido de frente por um automóvel dirigido por um veterinário friburguense, que prestou os primeiros socorros ao deputado e a seu motorista, identificado apenas como Ananias. Em seguida, os dois foram transferidos para o Day Hospital por uma ambulância da concessionária Rota 116. O condutor do outro veículo e sua esposa nada sofreram. Chovia muito na serra na hora da colisão.
Ainda na manhã desta sexta-feira, quando a notícia do acidente já havia se espalhado em Nova Friburgo, a jornalista e assessora do deputado, Tamara Castro, destacou que Glauber e Ananias estavam passando por uma bateria de exames. O parlamentar teve um corte na cabeça, fraturou uma das mãos e também reclamava de dores pelo corpo, mas não corria risco de vida, assim como seu motorista que também sofreu diversas escoriações.
Os pais de Glauber, Saudade e Roberto Braga, que estavam em Natal, no Rio Grande do Norte, embarcaram de volta a Nova Friburgo na manhã desta sexta-feira para acompanhar a recuperação do deputado.
Deputado entrega à presidência
da Câmara relatório de catástrofes
Um dia antes de sofrer o acidente automobilístico quando retornava a Nova Friburgo, o deputado Glauber Braga entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT) -foto-, o relatório final da Comissão Especial de Medidas Preventivas Diante de Catástrofes Climáticas e pediu agilidade para votação do Estatuto de Proteção Civil.
O relatório sugere uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que destina recursos de impostos para o Fundo Nacional de Proteção Civil; a criação de uma lei instituindo o Estatuto da Proteção Civil; e indicações ao governo federal de ações para apoio técnico e financeiro aos estados para que criem seus respectivos centros de operações de desastres; a criação da carreira de agente de proteção civil; e a criação de equipes especializadas em gestão ambiental e em gestão de risco de desastre no âmbito de cada ministério.
Ministro prevê que ”morrerão pessoas”
devido às chuvas no Brasil neste verão
Após contabilizar mais de mil mortes e desaparecidos, além, claro, do imenso rastro de destruição provocado pela tragédia climática de 12 de janeiro, a população dos sete municípios da Região Serrana—Nova Friburgo, Bom Jardim, Sumidouro, Teresópolis, Petrópolis, Areal e São José do Vale do Rio Preto—está apreensiva com a chegada da estação das chuvas. Não era para menos, até porque, a dita reconstrução continua capenga. Lá de Brasília veio esta semana uma declaração que muitos temem dizer em público, mas que não sai da cabeça de ninguém que presenciou as cenas dantescas do início de 2011: O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloízio Mercadante (foto), afirmou no Senado, nesta quinta-feira, 15, que o governo não tem como impedir mortes nesta temporada de chuvas por conta de deslizamentos em enchentes. “Morrerão pessoas neste verão. E nos próximos”, enfatizou.
Ainda na opinião dele, o país não terá um sistema capaz de “impedir vítimas” mesmo que o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), prometido para novembro, comece a funcionar 24 horas por dia, o que ainda não aconteceu. “O que nós estamos fazendo é diminuir o impacto dos extremos climáticos que estão se agravando”, acrescentou.
O ministro reconheceu que o Brasil está atrasado no mapeamento de áreas sob risco de desastres naturais nos municípios. Essa informação é crucial para que o Cemaden, o centro que o governo está montando para produzir alertas de desastre a tempo de salvar vidas, possa fazer previsões de qualidade. “Não queremos criar qualquer tipo de ilusão. Não há como impedir, especialmente, deslizamentos, quando temos entre duas e seis horas para tirar uma comunidade, uma favela, um bairro inteiro. Não temos tradição, não temos estrutura, não temos mobilidade para isso”, opinou.
Enquanto Mercadante falava no Senado, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, dizia que o sistema de Defesa Civil do país está mais preparado do que no passado para evitar mortes. Ele disse que o governo investiu neste ano R$ 132 milhões em drenagem e R$ 120 milhões em barragens e contenção de encostas, e que realizou simulados de preparação de desastres em 12 cidades. Bezerra disse, porém, que a preparação não cabe só ao governo federal. “É preciso envolvimento dos governos estaduais, dos municípios e também do Congresso.”
Mais 160 famílias vão receber aluguel social
O secretário municipal de Assistência Social, Josué Ebenézer, afirmou que mais 160 famílias friburguenses serão contempladas este mês com o benefício do aluguel social, além das quase 2,5 mil que já vinham recebendo o valor mensal de R$ 500 desde fevereiro. Segundo ele, desde que assumiu a secretaria, em novembro, tem buscado entendimentos com a Secretaria Estadual de Assistência Social para que outras famílias cadastradas no programa mas que ainda não conseguiram receber o benefício também sejam atendidas. Segundo informações, cerca de duas mil famílias estariam nesta situação. Ebenézer disse que a Assistência Social está fazendo um recadastramento das famílias, o que deve estar concluído até fevereiro.
Na última quinta-feira, 15, o secretário estadual de Assistência Social, Rodrigo Neves, cancelou uma visita a Nova Friburgo, onde assinaria a prorrogação do aluguel social por mais um ano. A alegação para o cancelamento da visita foi o mau tempo. Uma nova data deverá ser anunciada nos próximos dias. O governo estadual decidiu prorrogar o pagamento do benefício por mais um ano porque as prometidas casas populares para atender os desabrigados e desalojados na Região Serrana sequer foram iniciadas. Em maio, o governador Sérgio Cabral e a presidente Dilma Rousseff anunciaram cerca de 3,5 mil casas para o município.
Secretários estaduais têm aumento de 27%
A Assembleia Legislativa do Rio aprovou nesta quinta-feira, 15, o aumento salarial do secretariado estadual em 27,1%. O governador Sérgio Cabral (PMDB) também terá um reajuste de 6,4%.
O projeto de lei de autoria da Comissão de Orçamento, Fiscalização Financeira e Controle da Alerj reajustou os vencimentos do secretariado de R$ 12,9 mil para R$ 16,4 mil, a partir de 1º de janeiro de 2012. O governador, que ganha R$ 17,2 mil, passará a receber R$ 18,3 mil. Os aumentos terão efeito cascata sobre o funcionalismo público do Rio.
Pezão recebe medalha por atuação na Região Serrana
O vice-governador Luiz Fernando Pezão e moradores da Região Serrana que participaram da grande corrente de solidariedade durante a tragédia climática de 12 de janeiro receberam nesta quinta-feira, 15, em Brasília, a medalha da Defesa Civil Nacional. Além deles, ministros, governadores e jornalistas foram agraciados com a condecoração, nos graus Grande Oficial, Comendador e Cavaleiro. Para Pezão, a importância da homenagem está no reconhecimento da participação da população na ajuda às vítimas.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, antes de entregar as 50 medalhas, disse que aquele era um reconhecimento a pessoas que fizeram o verdadeiro trabalho de defesa civil, empenhando-se no salvamento de pessoas, quando eles mesmos estavam em situação de risco. Ele lembrou que pessoas deixaram suas vidas em segundo plano para atender ao próximo. O vice-governador ficou 29 dias seguidos em Nova Friburgo, coordenando as ações de limpeza das cidades e resgate de vítimas.
Vereadores não devem tomar a iniciativa
de propor CP contra o prefeito afastado
Embora tenham aprovado esta semana o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a utilização dos recursos federais e doações feitas ao município após a tragédia climática, nenhum dos 12 vereadores deverá tomar iniciativa de formular oficialmente o pedido de abertura de Comissão Processante (CP) contra o prefeito Dermeval Neto (PTdoB), como sugeriu o relator da CPI, Pierre Moraes (PDT). A expectativa na Câmara é que algum cidadão friburguense tome a frente apresentando o pedido.
Segundo o relator da CPI, a pouca possibilidade de algum parlamentar pedir a abertura da CP contra o prefeito afastado justifica-se pelo fato de que o vereador que tomar esta iniciativa ficará impedido de se manifestar futuramente no processo futuro, votando pela criação ou participando como membro. Ele acredita, porém, que nos próximos dias algum eleitor friburguense faça o pedido da CP.
Em seu voto na CPI, o vereador pedetista listou nove “fortes indícios” que o levaram a propor a abertura da Comissão Processante contra o prefeito afastado. Segundo Pierre, as investigações o levaram a uma convicção de que ocorreu “quebra dos princípios da administração, prática de improbidade, possível prática de crimes, potencial dano ao erário, ausência de documentação fidedigna, afronta e inobservância a inúmeros dispositivos das Leis Federais, sonegação de dados e informações à CPI” em contratos firmados pela Prefeitura na gestão do prefeito afastado.
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