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Bastidores da Política - 14 de junho 2011
domingo, 31 de julho de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Crise dos bombeiros põe em risco a
popularidade do governador Cabral
Ao longo dos quatro anos e meio à frente do governo estadual, Sérgio Cabral (PMDB) se acostumou a dar a volta por cima e a contornar várias crises que rondaram as portas do Palácio Guanabara. Bem-sucedido no enfrentamento das crises, como se sabe, o governador não encontrou adversários à altura na campanha eleitoral e conseguiu se reeleger ainda no primeiro turno, com folgada diferença nas urnas.
O momento político de Sérgio Cabral, porém, não é bom. Embora nenhuma pesquisa tenha sido divulgada recentemente, é notório nas ruas perceber que o governador vem perdendo prestígio junto à opinião pública. O motivo, claro, é a crise dos bombeiros.
Nas redes sociais, o prestígio de Sérgio Cabral também está em baixa. No Orkut ou no Facebook os internautas não poupam a figura do governador com adjetivos pejorativos.
Percebendo a reprovação da opinião pública, o governo estadual tenta mais uma vez sacudir a poeira e dar a volta por cima. Contudo, as propostas de dar um reajuste salarial para os bombeiros e oferecer uma gratificação vinda da taxa de incêndio paga pelos contribuintes ainda não surtiram o efeito necessário para melhorar a imagem de Sérgio Cabral. Claro, não surtiram efeito porque, mesmo com a aplicação do reajuste e da gratificação, os bombeiros do Estado do Rio ainda continuam em situação de miséria.
Sérgio Cabral propõe destinar parte da taxa de incêndio aos bombeiros
Depois de anunciar um reajuste salarial de 5,58% para conter a crise dos bombeiros, o governador enviou ontem, 13, mensagem à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) propondo a modificação da destinação dos recursos do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom) — alimentado pela taxa anual de incêndio paga pelos contribuintes cariocas e fluminenses — e determinando que 30% deles sejam utilizados para pagamento de gratificações aos bombeiros.
Segundo a proposta, os 70% restantes do fundo continuarão sendo utilizados para manutenção e aquisição de equipamentos e treinamento de pessoal, necessários ao trabalho de Defesa Civil, bem como assistência médico-hospitalar e assistência social do Corpo de Bombeiros.
Em 2010, o fundo arrecadou cerca de R$ 110 milhões.
Pesquisa Datafolha mostra que Dilma continua em alta
De acordo com o Datafolha, a presidente Dilma Rousseff permanece bem avaliada após cinco meses e meio de mandato. Nem a crise envolvendo o ex-ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, foi suficiente para prejudicá-la perante a opinião pública. Segundo pesquisa Datafolha, 49% dos entrevistados consideram a gestão Dilma como ótima ou boa. Na última pesquisa, em março, eram 47%.
O surto inflacionário no país também não impactou de forma negativa a aprovação da presidente petista, mas, a maioria no país (51%) diz acreditar que a inflação continuará subindo. Em março, 41% acreditavam nisso.
Entre os brasileiros que ganham até cinco salários mínimos (R$ 2.725), a percepção de piora nas expectativas de inflação é duas vezes maior do que entre os que recebem acima disso.
O Datafolha também mostra que 64% dos entrevistados querem que o ex-presidente Lula participe das decisões de Dilma. Essa confiança no ex-presidente também reflete na aprovação de Dilma.
A pesquisa foi realizada nos dias 9 e 10 de junho com 2.188 pessoas em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
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