Bastidores da Política - 10 de setembro.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Candidatos friburguenses declararam ter arrecadado R$ 500 mil até agora Receitas individuais estão muito abaixo das próprias estimativas feitas por eles no TSE No ato do pedido de registro na Justiça Eleitoral, no início de junho, os 15 candidatos a deputado domiciliados em Nova Friburgo (oito estaduais e sete federais) fizeram uma estimativa de gastar na campanha algo em torno de R$ 21 milhões. Porém, faltando menos de um mês para o pleito (3 de outubro), ao fazerem a segunda prestação de contas de campanha exigida pela lei, o que se observa nitidamente é que as expectativas de arrecadação estão muito abaixo da realidade. Segundo consulta feita à prestação de contas no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgada na última segunda-feira, 6, os políticos friburguenses declararam ter arrecadado até o início do mês pouco mais de R$ 500 mil para a campanha. A soma da receita declarada pelos oito candidatos friburguenses à Alerj, segundo o TSE, foi de R$ 271 mil. O deputado estadual e candidato à reeleição, Rogério Cabral (PSB), foi quem mais arrecadou: R$ 109 mil. Ele é seguido pelo ex-secretário de Obras da Prefeitura, Hélio Gonçalves Corrêa (PSC), com R$ 61.590, e o vereador Luciano Faria (PDT), com R$ 51.420. O também vereador Marcos Medeiros (PTB) declarou ter arrecadado cerca de R$ 20 mil. O empresário Ricardo Figueira (PV) apresentou receita de R$ 12,9 mil; Raul Marcos (DEM), 10,5 mil; e Maurício Habib (PCdoB), R$ 5,2 mil. A declaração do ex-prefeito Paulo Azevedo (PRP) constava ainda como zerada no site do TSE. A arrecadação dos sete candidatos friburguenses à Câmara dos Deputados, segundo o TSE, foi de R$ 248 mil. Dois candidatos – Marcos Costa Viveiro de Castro (PV) e Luiz Salarini (PSTU) – estavam com a declaração zerada. Por outro lado, na ponta da lista está o candidato Glauber Braga (PSB), com R$ 127,5 mil. Os outros quatro candidatos, somados, não alcançaram a receita obtida pelo socialista: Marcelo Verly (PSDB), R$ 49 mil; Renato Abi-Râmia (PMDB), R$ 46,1 mil; Edson Flávio, R$ 14,6 mil, e Jamila Calil (PPS), R$10,7 mil. O deputado estadual Olney Botelho (PDT), primeiro suplente do candidato ao Senado, Lindberg Farias (PT), não tem seu nome incluído na prestação de contas junto ao TSE. A próxima prestação de contas dos candidatos só deverá ser feita após o pleito, em novembro. Nesta oportunidade, além de discriminarem a receita e gastos gerais de campanha, os candidatos também deverão declarar seus financiadores de campanha. Qualquer cidadão tem acesso direto à prestação de contas obrigatória dos candidatos, através do site www.tse.gov.br. Justiça Eleitoral não monitora em tempo real as doações de campanha O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desistiu de uma medida de controle que considerava essencial para combater o caixa dois. Diferentemente do que havia prometido, a Justiça Eleitoral reconheceu não estar acompanhando as doações de campanha em tempo real. Este monitoramento pode ser feito com um programa da Polícia Federal, que permite rastrear eventuais anomalias nas movimentações financeiras dos políticos. O acordo para se utilizar este sistema, elaborado na gestão do ex-presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, só foi assinado ontem, 9, com o Ministério da Justiça. O software já poderia ter sido usado nas duas primeiras prestações parciais de contas – em agosto e na semana passada –, mas, de acordo com o atual presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, estava “em fase de estudos e testes para verificar se era compatível com o nosso sistema de dados”, justificou. Questionado sobre sua utilização em tempo real, Lewandowski disse que nunca cogitou adotar o software para o acompanhamento on-line das doações. “Ele não precisa ser utilizado necessariamente agora”, respondeu. Pesquisas divergem nos índices do Senado As últimas pesquisas de intenção de votos do Ibope e Datafolha sobre a eleição para as duas vagas do estado do Rio no Senado Federal, embora apresentem a mesma ordem, mostram números divergentes entre os quatro principais candidatos. Segundo os dois institutos, o senador e candidato à reeleição, Marcelo Crivella, está na dianteira. No Ibope, ele obteve índice de 34%, e no Datafolha, 37%. O ex-prefeito do Rio, César Maia (DEM), vem em segundo, com 30% no Ibope e 32% no Datafolha. As duas pesquisas mostram um crescimento do ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT). No Datafolha ele obteve 24% das intenções de voto, e no Ibope, 28%. Já estaria empatado tecnicamente e ameaçando o democrata na segunda vaga. O atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, Jorge Picciani (PMDB), também apresenta uma curva ascendente nas duas últimas pesquisas. No Datafolha ele obteve 16%, porém, no Ibope, o índice de intenção de votos foi de 22%. O quinto colocado na disputa é Waguinho (PTdoB), variando entre 3% e 6% nas duas pesquisas. Os demais candidatos – Marcelo Cerqueira (PPS), Milton Temer (PSOL), Carlos Dias (PTdoB) e Wladimir Mutt (PCB) – estão na faixa de 1% a 2%. Como cada eleitor pode votar em dois candidatos ao Senado, segundo o Ibope e o Datafolha, a soma supera 100%. As duas pesquisas foram divulgadas recentemente na imprensa estadual e nacional e têm como contratantes a Rede Globo e os jornais Folha e Estadão, ambos de São Paulo. A margem de erro nas duas pesquisas é de 3%, para mais ou para menos. Em ambas, o número de indecisos está na faixa de 30%.
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