Bastidores da Política - 02/03/2012

Passageiro já pode fazer integração de ônibus sem usar a rodoviária Novo sistema permite ao passageiro trocar de ônibus durante o intervalo de uma hora, sem pagamento de nova passagem A partir de agora, os usuários dos ônibus urbanos de Nova Friburgo já podem fazer a integração sem precisar utilizar a rodoviária da Praça Getúlio Vargas. Isto porque a Faol colocou em funcionamento o sistema de integração temporal permitindo que o passageiro troque de uma linha para outra dentro do intervalo de uma hora para prosseguir viagem. Porém, para que os usuários possam usufruir do benefício, que é facultativo, é necessário que o cartão do mesmo seja habilitado no sistema Fricard com o cadastro de seu parâmetro biométrico (digital). A concessionária está emitindo circular para as empresas que utilizam o sistema Fricard para que estas providenciem a habilitação do benefício de seus funcionários que utilizam o vale-transporte eletrônico. Os usuários que não possuem o vale-transporte poderão também utilizar a integração temporal adquirindo um cartão expresso fidelizado na loja Fricard, na Rua Ernesto Brasílio, 39, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h e, aos sábados, das 8h às 12h. A integração temporal adotada pela concessionária friburguense é uma das mais modernas do país. Ao entrar no primeiro ônibus o passageiro usa o cartão e a integração é feita com a apresentação do cartão e a leitura digital, através do sistema biométrico. Ou seja, a integração é pessoal e intransferível, não permitindo que terceiros façam uso da mesma. A empresa informou que no ato do cadastramento, o usuário será apresentado na loja Fricard ao novo sistema de integração temporal, bem como à matriz de integração, recebendo um folheto com todas as informações necessárias para a utilização correta do benefício. O destino da rodoviária urbana ainda está indefinido. Por enquanto, ela continua funcionando normalmente. A sua eventual desativação, no futuro, caberá à Prefeitura. Crivella nega vinculação de sua posse no ministério a apoio de evangélicos O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) negou que haja qualquer vinculação de sua indicação para o Ministério da Pesca a um possível descontentamento da bancada evangélica com o governo. O senador disse, porém, esperar que a bancada “siga o governo”. Ressaltando que sempre trabalhou na bancada para “dirimir controvérsias”, Crivella lembrou que os evangélicos apoiaram a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos dois mandatos, e a maioria votou em Dilma Rousseff em 2010. Ele toma posse hoje na vaga do deputado petista Luiz Sérgio, que reassume seu mandato na Câmara dos Deputados. Pouco antes de receber os jornalistas, o senador conversou rapidamente, por telefone, com a presidenta. “Em nenhum momento da conversa”, disse Crivella, a presidenta vinculou sua escolha para o ministério ao apoio da bancada ou às eleições municipais em São Paulo, onde o PRB apoia a candidatura do ex-deputado Celso Russomano a prefeito. O senador recebeu o convite da presidenta no último fim de semana e disse que “terá muito o que aprender” no setor. Crivella pretende dar à pasta da Pesca visibilidade equivalente à do Ministério da Agricultura. Surpreso com o fato de o Brasil, com sua dimensão continental e rico em água doce, ter apenas 1.475 engenheiros de pesca, o senador informou que terá como desafio estruturar “uma Embrapa da pesca”. Ele reconheceu, porém, que, para isso, a comunidade científica especializada no setor terá que aumentar muito no país. Segundo o senador, na conversa com Dilma Rousseff, ela lembrou os trabalhos sociais de que ele participou na África, quando era evangelizador da Igreja Universal do Reino de Deus. “A presidenta lembrou que a [atividade da] pesca envolve milhares de pessoas no Brasil, especialmente os mais pobres. E me pediu que atuasse [no ministério] como trabalhei durante dez anos na África”, disse. Falta de acordo adia votação de MP sobre desastres naturais Devido às dificuldades para se chegar a um acordo sobre o relatório do deputado Glauber Braga (PSB-RJ) para a Medida Provisória 547/11, o plenário da Câmara dos Deputados adiou a análise da matéria por uma sessão. A MP permite ao governo federal criar um cadastro nacional de municípios com áreas sujeitas a escorregamentos de grande impacto e outros processo geológicos. Já o projeto de lei de conversão de Glauber Braga reformula o Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec) e institui uma política pública de prevenção de catástrofes naturais, aproveitando o projeto de lei 2978/11, resultado dos trabalhos da Comissão Especial sobre Prevenção a Catástrofes Climáticas. A comissão foi criada no começo do ano passado depois dos deslizamentos e enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro. O deputado foi relator também na comissão. No começo do impasse, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT), manifestou sua preocupação com as consequências do adiamento da votação dessa MP. Ele avaliou que isso poderá atrasar a votação das outras medidas que trancam os trabalhos e poderá impedir a análise de projetos de lei que dependem da liberação da pauta na segunda semana de março. Hotéis deverão manter ficha de hóspede menor de idade A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nesta quarta-feira, 29, em primeira discussão, o projeto de lei que obriga hotéis e similares localizados no estado a manterem fichas de registro para os menores que neles se hospedarem. O projeto é do deputado Márcio Pacheco (PSC). “O preenchimento de fichas pelos hóspedes já existe. Queremos com este projeto garantir que ele seja estendido aos menores e assegurar o armazenamento destas informações”, explica. E complementa: “Assim, estaremos criando um instrumento de auxílio à proteção desses menores”, aposta, citando o caso da menina Lavínia Azeredo, de seis anos de idade, que foi sequestrada e morta em hotel, no município de Duque de Caxias, há um ano.