Sobre o personagem pairam histórias das mais controversas. Dizem até que foi um dos homens mais ricos do Brasil, inclusive a origem de sua riqueza tem sido, ao longo dos anos, motivo de muitos debates entre historiadores e mesmo curiosos. O português Antonio Clemente Pinto, o 1° Barão de Nova Friburgo, estará inteiro no livro Barão de Nova Friburgo: impressões, feitos e encontros, de autoria de Luiz Fernando Dutra Folly, Luanda Jucyelle Nascimento de Oliveira e Aura Maria Ribeiro Faria, que será lançado em Nova Friburgo, no próximo dia 18, às 19 horas, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), com palestra do autor dentro do ciclo Quartas na História.
Inegável, no entanto, na trajetória do Barão, é o fato de sua reconhecida capacidade empreendedora para a época – idos de 1850/1860 – quando, além de ter iniciado o trecho de 150 quilômetros da ferrovia Cantagalo, ligando Niterói ao interior, em boa parte serra acima (concluída por seu filho, Bernardo), construiu o Palácio Nova Friburgo, que seria mais tarde o Palácio do Catete – sede do governo federal até a transferência da capital para Brasília e hoje abrigando o Museu da República, no Rio de Janeiro.
No próprio prédio cuja suntuosidade simboliza os tempos áureos do baronato cafeeiro fluminense, que teve no Barão um de seus mais expressivos ícones, será lançado também no dia 20 de agosto próximo o livro sobre a vida deste instigante personagem da história friburguense e brasileira.
‘Caminhos do Barão’
No Museu da República, no Rio, dirigido por Magaly Cabral – mãe do governador do estado – além do lançamento do livro, também será feita apresentação do projeto Caminhos do Barão, a partir do qual a Prefeitura de Nova Friburgo, através da Secretaria Municipal de Cultural, está desenvolvendo projeto de preservação do patrimônio, a partir do tombamento de vários prédios com características históricas, sobretudo no entorno da praça Getúlio Vargas e ainda em diversos pontos do centro urbano friburguense.
Mestre em urbanismo e especialista em história, Luiz Fernando Folly vem desenvolvendo o projeto juntamente com a museóloga Liliam Barreto, sob a coordenação do secretário municipal de Cultura, Roosevelt Concy.
No projeto Quartas na História, no auditório da CDL, na próxima quarta-feira, a entrada é franca. O ciclo de palestra foi lançado há dois anos, com apoio da entidade representativa do comércio friburguense ao movimento Nova Friburgo 200 anos.
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