Banda Euterpe Friburguense participa do concurso cujo encerramento será em dezembro no Teatro João Caetano

A percussão ditará o ritmo da última etapa da edição 2013 do Banda Larga — programa de atualização para bandas de música do Rio de Janeiro. O projeto vem movimentando o interior do estado com música, confraternização e cultura, especialmente nos municípios por onde já passou: Laje de Muriaé, Itaguaí, Barra Mansa e Saquarema. De 11 a 15 de setembro, as oficinas e o concurso de bandas chegam a Santa Maria Madalena. Além das quatro oficinas regulares (regência, manutenção e reparo de instrumentos, teoria musical e produção cultural), os participantes terão aulas práticas de percussão, ministradas por Oscar Bolão. O encerramento do projeto será uma Maratona de Bandas, nos dias 7 e 8 de dezembro, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. As inscrições, tanto para as oficinas como para a maratona, são gratuitas, bastando acessar www.bandalarga2013.com.br.

Este ano o projeto Banda Larga arma seu coreto nos municípios que apresentaram maior interesse por parte de alunos e de bandas. Pela primeira vez, eles são palco também de um concurso, funcionando como polos regionais agregadores de bandas e músicos. Todas as bandas civis do estado do Rio de Janeiro podem participar das eliminatórias para a Maratona de Bandas. Já foram classificadas para a final no Rio de Janeiro, a Lira da Esperança, de Laje de Muriaé; a Sociedade Musical Sete de Setembro, de Miracema; a Banda Municipal de Itaguaí; a Sinfônica da Feuc, de Campo Grande; a Sociedade Musical União dos Artistas, de Barra do Piraí; a Banda Sinfônica de Barra Mansa; a Banda do Colégio Salesiano Santa Rosa, de Niterói; e a Sociedade Musical Santo Antônio da Bacaxá, de Saquarema.

 

 Nas oficinas para músicos, os professores aproveitam para trabalhar o repertório que será exigido nas eliminatórias da maratona, aumentando, assim, as chances de êxito das bandas que tiverem seus músicos inscritos nas oficinas. A peça escolhida para o confronto das bandas nesta primeira etapa foi "Ledinha”, de Altamiro Carrilho. O objetivo desta escolha foi estabelecer um parâmetro para avaliação crítica das bandas, tirando-as da "inércia”, da repetição e da falta de renovação de repertório, em busca de aprimoramento técnico.

"Sem referências auditivas de execuções anteriores, as bandas se viram forçadas a estudar a partitura, o que requer conhecimentos mais avançados de leitura, interpretação, instrumentação e harmonia, principalmente por parte dos mestres”, explica Carlos Belém, coordenador pedagógico do projeto.

O curso de elaboração de projetos culturais, outra novidade desta edição, foi bastante procurado por seu objetivo de ajudar as bandas a buscar novos horizontes a partir da transformação de suas ideias em projetos culturais. A meta é a capacitação dos alunos para participação em editais de fomento direto (patrocínio) e leis de incentivo. Qualquer pessoa que queira trabalhar na área de produção e coordenação de projetos culturais para bandas civis de música pode participar. 

O concurso Banda Larga de Bandas de Música é uma eliminatória para a Maratona de Bandas de Música, que distribui mais de R$ 20 mil em prêmios, sendo R$ 8 mil para o primeiro colocado, R$ 5 mil para o segundo, R$ 3 mil para o terceiro e R$ 1 mil para as demais bandas selecionadas. 

 Nesta fase final, a peça de confronto das bandas finalistas foi encomendada ao compositor, regente e professor Ernani Aguiar, membro da Academia Brasileira de Música e professor da Escola de Música da UFRJ, um compositor com estilo mais moderno, mas com forte sotaque nacional. A peça se chama "Abertura” e será disponibilizada a todos no dia seguinte à última eliminatória. Assim, todas as bandas terão o mesmo tempo para estudar a partitura inédita. 

 A encomenda de obras é uma tradição em todo o mundo, fazendo parte da política de renovação de repertório e de fomento a orquestras, compositores, corais, bandas, etc. Com isso, além da formação e capacitação de alunos e produtores, o projeto Banda Larga apresenta uma nova e relevante função no cenário musical do estado.

O evento é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura, juntamente com a Associação de Amigos da Sala Cecília Meireles, e conta com a supervisão geral de João Guilherme Ripper, diretor da Sala Cecília Meireles, em colaboração com o professor José Maria Braga, diretor da Escola de Música Villa-Lobos. A coordenação pedagógica é de Carlos Belém e a produção, da Zucca Produções. A edição de 2013 conta mais uma vez, com o patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.