Em assembleia na quarta-feira, 12, o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Bancários de Nova Friburgo e região (Seeb) decidiu por 57 votos a favor e uma abstenção pela deflagração da greve na próxima terça, 18. Os bancários reivindicam um reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%) e um piso nacional de R$2.589. No entanto, contrariando a expectativa da categoria, os bancos, através da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mantiveram a proposta de 6% de reajuste (aproximadamente 0,7% de aumento real), feita no dia 28 de agosto.
A decisão dos bancários segue a orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf–CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que considerou insuficiente a proposta dos bancos, representando um índice menor do que quase totalidade de acordos feitos por outras categorias no primeiro semestre deste ano que obtiveram ganhos superiores a 5% acima da inflação.
Na manhã de quinta, 13, vários sindicalistas já haviam colado em agências bancárias papéis que indicam a deflagração da greve nacional. Segundo o Seeb, o objetivo é forçar os banqueiros a repensar e abrir mão da proposta de 6%. De acordo com o informativo do sindicato, além de não trazer nova proposta, os bancos descumpriram o compromisso anunciado nas negociações anteriores de montar um projeto-piloto em Recife para testar equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros.
A greve será por tempo indeterminado e na segunda, 17, haverá outra assembleia a fim de organizar a deflagração.
As principais reivindicações dos bancários
• Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%)
• Aumento do piso salarial
• Aumento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados)
• Plano de cargos e salários para todos os bancários
• Elevação dos valores de auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio creche/babá e 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição
• Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade
• Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
• Mais segurança
• Igualdade de oportunidades
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