Bancários entram em greve na luta por aumento de salário

sexta-feira, 25 de setembro de 2009
por Jornal A Voz da Serra
Bancários entram em greve na luta por aumento de salário
Bancários entram em greve na luta por aumento de salário

Os bancários de Nova Friburgo aderiram à paralisação nacional por tempo indeterminado, em protesto contra a intransigência dos bancos, que insistem em não negociar o reajuste salarial pleiteado pela categoria. Os bancários, em campanha salarial desde o mês passado, querem 10% de aumento, mas os bancos mantêm a contraproposta de apenas 4,5%. A greve foi aprovada por 101 dos 110 presentes à assembleia no Sindicato dos Bancários na noite da última quarta-feira.

Ontem, primeiro dia da paralisação, não houve resistência nas agências e os sindicalistas orientaram os bancários a não entrarem nas agências para trabalhar. Quem precisou utilizar os serviços dos bancos teve que recorrer aos setores de autoatendimento das agências, cujos terminais estão sendo abastecidos com dinheiro para saques normalmente.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo, Max Bezerra, informou que a adesão à greve no município foi de 100% ontem. Ele acredita que a paralisação irá forçar os banqueiros a negociarem uma nova contraproposta de reajuste com a categoria. “Ao longo do último mês tivemos cinco rodadas de negociação sem avanço. A única proposta deles (dos bancos) foi de apenas 4,5% de reajuste, o que foi negado de imediato pela categoria”, destacou Max.

Ele lembrou ainda que, embora os bancos se recusem a querer negociar o aumento salarial, acumularam lucros estratosféricos no primeiro semestre desse ano. Só o Itaú/Unibanco teve lucro líquido de aproximadamente R$ 4,5 bilhões, seguido do Bradesco e Banco do Brasil com lucro de R$ 4 bilhões em média, cada. Além do reajuste salarial, os bancários lutam por melhores condições de trabalho.

Integram ainda as reivindicações dessa campanha salarial a ampliação do horário de atendimento nas agências, gerando, consequentemente a geração de mais empregos; o limite máximo de 15 minutos de espera nas filas e a redução das taxas de juros e tarifas bancárias. “Os bancos abusam dos bancários e dos clientes e não se importam com a responsabilidade social”, observa o sindicalista.

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