Dalva Ventura
Sexta-feira, fim da tarde. A Alberto Braune ferve. Gente para todos os lados, carros parados em fila dupla, pontos de ônibus lotados. Centro nervoso da cidade, a antiga e bucólica Rua General Argolo, por onde passava o trem da Leopoldina, sempre foi o local onde os friburguenses se encontram e fazem suas compras.
Hoje se pode encontrar de tudo na Alberto Braune. Prédios residenciais, três supermercados - um deles o maior da cidade - e lojas, lojas e mais lojas, inclusive duas de departamentos que vivem lotadas. Tem também quatro agências bancárias, consultórios médicos, escritórios, cabeleireiros, academias de ginástica, seis bancas de jornais e o maior estacionamento da cidade, onde em tempos idos ficava a bela casa da Madame Santana, além da sede da Prefeitura e da Justiça do Trabalho.
Na Alberto Braune tem de tudo, como padarias, cafés e restaurantes, além de barraquinhas de doces, pipocas e água de coco. Nas esquinas da Rua Cristóvão Colombo e Avenida Ariosto Bento de Mello - esta, quase uma continuidade da Alberto Braune - tem até banquinhos para as pessoas descansarem e/ou apreciarem o vai e vem de quem circula por ali.
Infelizmente, na Alberto Braune não tem só isso. Tem também montes e montes de papelão que comerciantes inescrupulosos deixam na calçada fora do horário de recolhimento do lixo pela empresa responsável. E sacolas e mais sacolas de detritos deixadas pelos próprios moradores.
O trânsito merece um capítulo à parte, pois a fiscalização no local é quase inexistente. Os engarrafamentos são frequentes e os motoristas param em fila dupla sem problemas, e a carga e descarga acontece fora do horário reservado para esta finalidade.
Fios e cabos emaranhados podem ser observados em toda a avenida, conferindo um aspecto desleixado à principal rua da cidade que, por sinal, está com o calçamento bastante danificado. São calçadas esburacadas e desniveladas que podem provocar tombos, e em determinados trechos tem até mau cheiro exalando dos bueiros. Alguns deles, aliás, também representam perigo para os pedestres. As marquises de muitas lojas estão em péssimo estado de conservação. E os inúmeros prédios tombados e ali localizados são mal conservados ou os seus proprietários não respeitam as leis de tombamento.
Uma pena! A principal rua da cidade – que tem o metro quadrado mais caro de Nova Friburgo - bem merecia passar por um choque de gestão. Que envolvesse, é claro, o poder público – principal responsável por sua manutenção – e também os proprietários e inquilinos dos imóveis ali localizados.
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