Av. Roberto Silveira já teve mais de 80 acidentes de trânsito este ano

Número está próximo do total registrado no ano passado, segundo o Corpo de Bombeiros
terça-feira, 13 de novembro de 2018
por Paula Valviesse (paula@avozdaserra.com.br)
A Avenida Roberto Silveira (Arquivo AVS)
A Avenida Roberto Silveira (Arquivo AVS)

No último fim de semana um motorista perdeu o controle da direção quando dirigia de madrugada pela Avenida Governador Roberto Silveira, no distrito de Conselheiro Paulino,  capotou e o carro caiu no leito do Rio Bengalas. Por sorte, o motorista que estava sozinho no veículo não tevbe ferimentos graves. Ele foi socorrido por uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros e não precisou ser removido para o hospital. O acidente engrossa uma triste estatística que faz da avenida a campeã de acidentes em Nova Friburgo. Há um mês A VOZ DA SERRA mostrou que a via batizada como “Avenida da Morte”, concentrou no ano passado maior número de acidentes de trânsito do que todo o trecho sob concessão da rodovia RJ-116. Em 2018, esta triste constatação devce se repetir.

Segundo o Corpo de Bombeiros, de janeiro até o último mês de outubro foram registrados 82 acidentes de trânsito com atendimento pela corporação militar na Avenida Governador Roberto Silveira, trecho urbano da RJ-116 entre o trevo de Duas Pedras e o  distrito de Conselheiro Paulino. A informação é referente ao levantamento realizado pelo 6º Grupamento de Bombeiro Militar no município e mostra que, assim como apontado na publicação “Vidas em Trânsito”, divulgada este ano pela corporação, os números de atendimento nesta área continua alto.

Com 98 ocorrências, a rodovia foi apontada na publicação como o terceiro local com maior número de atendimentos de acidentes de trânsito pelos bombeiros em toda a Região Serrana em 2017. Os dados superam o número de acidentes registrados nos 140 quilômetros da RJ-116 sob concessão, entre Itaboraí e Macuco, que no ano passado teve 36 atendimentos, ficando em sétimo lugar no ranking da região.

De acordo com o levantamento local, no período de janeiro até o dia 23 de outubro deste ano, já haviam sido registrados: 60 colisões; dez quedas de motocicleta; nove atropelamentos; duas capotagens; e um acidente envolvendo bicicleta. Ou seja, apenas 16 acidentes a menos do que todo o ano de 2017.

Ações de prevenção

Para tentar diminuir o número de casos, o 6º GBM tem buscado estreitar laços com as demais autoridades com competência de fiscalização no trânsito na região, como o 11º BPM, o Batalhão de Polícia Rodoviária e a Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu) - por meio da Guarda Municipal. O objetivo é a realização de ações conjuntas de fiscalização e prevenção, especialmente para coibir o consumo de bebida alcóolica ao dirigir, a falta do uso dos dispositivos de segurança (cinto de segurança e capacete) e respeito às leis de trânsito e aos limites de velocidade.

“Se deixarmos de acreditar que os acidentes de trânsito são inevitáveis vamos começar a entender que as causas, sejam elas humanas ou mecânicas, podem ser identificadas e trabalhadas pontualmente”, afirma o comandante do 6º GBM, tenente-coronel Alexandre Pitaluga, observando que a avaliação é simples: “Dentre as causas humanas temos a dificuldade do reconhecimento do condutor de avaliar sua preparação para assumir essa responsabilidade, seja por questões físicas/fisiológicas ou mentais/emocionais, que irão interferir na capacidade do seu julgamento e performance nas decisões de como conduzir.  E nas questões relativas ao equipamento, sua participação do cômputo geral dos acidentes é bem menos representativa, sem que com isso os motoristas deixem de manter a manutenção em dia”, explica o comandante.

Entre as ações de prevenção que vêm sendo realizadas em sua área de abrangência, o grupamento destaca o projeto de “Redução de Acidentes de Trânsito envolvendo Motocicletas”. De acordo com o 6º GBM, o trabalho já conta com vários parceiros, entre eles concessionárias de venda de motocicletas, autoescolas, concessionárias de serviços públicos e órgãos públicos. E a intenção é que o projeto atinja ainda motoclubes, empresas de motofrete, empresas com grande frota de motocicletas e, com a realização de eventos públicos de conscientização dos motoristas e pedestres.

 

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