CAMINHONEIROS indignados paralisaram e bloquearam as principais rodovias de 17 estados do país em protesto contra os constantes aumentos de preços dos combustíveis, em especial do óleo diesel.
POR CONTA da paralisação, o governo realizou reunião para debater o assunto. Como a arrecadação aumentou, seria hora de compensar esse crescimento com uma redução dos impostos.
A REDUÇÃO dos impostos é que está em questão, e não a política de preços da Petrobras. Gasolina e diesel saem das refinarias por mais ou menos metade do preço pelo qual são vendidos aos consumidores nos postos de combustível. Os valores nas refinarias subiram 16,07% ao longo do mês. Em apenas um mês, houve 11 aumentos.
A PETROBRAS alega que os combustíveis são “commodities” e têm seus preços atrelados ao mercado internacional. Além de ser assaltado pela corrupção, o governo passado segurou os preços para conter a inflação. Com isso, descapitalizou a estatal.
UMA MUDANÇA na política de preços da Petrobras seria desastrosa para a empresa, que começa a recuperar seu prestígio e conceito entre os investidores. Se tiver de mexer em algo, tem de ser nos impostos.
OS CAMINHONEIROS pedem a redução da carga tributária sobre o diesel, tendo em vista baratear os custos operacionais e os valores dos fretes. Eles são responsáveis pelo transporte de 60% da riqueza do país.
O GOVERNO, porém, não pode abrir mão dos impostos, entre os quais está também o ICMS estadual. Mas algum benefício deve conceder, para reduzir a tensão e também de olho nas próximas eleições.
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