Inúmeros sites de compra pela internet têm facilitado a vida dos brasileiros. No país, o comércio eletrônico cresce numa escala de 1500% ao ano. De acordo com pesquisa da Boston Consulting Group, o Brasil é o líder de negócios de pessoas físicas na internet, com cerca de 80% de participação na América Latina. A popularização da internet em conjunto com a globalização da economia é um dos principais fatores dessa crescente atividade. Porém, nem tudo são flores, e os efeitos colaterais estão por aí: como não há assinatura de um contrato, corre-se o risco da mercadoria comprada não chegar, ou chegar algo totalmente novo e inesperado. Se isso ocorrer, há um caminho a seguir: procurar imediatamente o Procon da cidade e registrar o ocorrido.
Mas os problemas podem não parar por aí. Depois da compra é necessário esperar a entrega, que na maioria das vezes é feita pelos Correios e, ultimamente, o número de reclamações sobre a demora ou não entrega de mercadorias compradas via internet e correspondências vem subindo absurdamente. Só para se ter uma ideia, o site especializado em queixas Reclameaqui.com registrou até o momento 7.560 reclamações contra os Correios e, segundo a assessoria do site, a estatal não respondeu a nenhuma das queixas até agora.
O caso de Michelle Borges Figueira, 35, é típico em Nova Friburgo. Michelle é artesã e compra o material para o seu trabalho pela internet. Porém, quando o material chega, na maioria das vezes ela é obrigada a retirá-lo na agência. Tudo porque o prédio onde mora não tem porteiro e, assim, o agente dos correios não é obrigado a tocar o interfone para que ela desça e receba sua encomenda. Segundo Michelle, as encomendas atrasam em média 15 dias. “Toda vez que faço compras pela internet tenho que ficar rastreando a mercadoria para saber onde ela está, pois às vezes o carteiro interfona; às vezes não. Daí tenho que pegar um táxi e descer até a agência para retirar a encomenda”, lamenta Michelle.
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