A série de questionamentos e a demora na conclusão do caso Camila de Castro — a jovem comerciária encontrada caída próximo ao meio-fio em um trecho da Praça Getúlio Vargas e que acabou morrendo no hospital devido aos graves ferimentos — motivaram a realização de um ato público na Praça Dermeval Barbosa Moreira na noite da última quinta-feira, 28. Cerca de 30 pessoas, a maioria mulheres, das mais variadas idades e profissões, participaram do manifesto-homenagem à jovem.
Munidos de cartazes com críticas à lentidão no desfecho do caso, os participantes estavam bastante sensibilizadas com a triste morte da jovem e seguravam velas acesas em sua memória. "Estou aqui como mulher e cidadã porque fiquei comovida com o caso. Confio nas autoridades e espero que elas deem uma explicação a toda sociedade sobre o que de fato aconteceu. Precisamos de uma resposta”, afirmou Sílvia Furtado, coordenadora do Centro de Referência de Promoção à Cidadania LGBT.
"Não queremos justiça. Justiça é obrigação. Queremos respeito, transparência e verdade para dar um basta a tantos boatos e informações desencontradas”, disse a blogueira Denise Lopes, que esteve à frente do manifesto. Segundo ela, a iniciativa cumpriu com a proposta de cobrar das autoridades o imediato esclarecimento da morte de Camila. "Agora vamos continuar acompanhando o desfecho desse caso”, disse.
O ato teve a participação de algumas amigas de Camila, ainda muito indignadas com sua bárbara morte. O sentimento era compartilhado por outras manifestantes, que cobravam mais segurança para a população friburguense. Ao final, o grupo fez uma roda e rezou um pai nosso em memória da jovem. Parentes da comerciária que residem no município vizinho de Sumidouro não estiveram presentes. "Eles ainda estão muito abalados e não tiveram condições de vir”, disse Denise.
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