Ato colore de verde e amarelo as unidades da Firjan em Friburgo

No Senai, estudantes participam de solenidade no pátio da instituição
sexta-feira, 18 de março de 2016
por Flávia Namen
Cerca de 200 alunos dos cursos técnicos da instituição foram reunidos no pátio para uma solenidade de hasteamento de bandeiras ao som do Hino Nacional (Foto: Lúcio Cesar Pereira)
Cerca de 200 alunos dos cursos técnicos da instituição foram reunidos no pátio para uma solenidade de hasteamento de bandeiras ao som do Hino Nacional (Foto: Lúcio Cesar Pereira)

A onda de protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff continua crescendo nos municípios de norte a sul do Brasil. Em Nova Friburgo não é diferente e as manifestações vêm ganhando as ruas da cidade e mobilizando vários segmentos da sociedade civil. Na sexta-feira, 18, foi a vez das unidades da representação regional da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) receberem as cores verde e amarelo nas fachadas, a exemplo das demais sedes do país. Promovida para estimular a união nacional, a ação coloriu locais como o conhecido prédio do Senai, situado na Rua José Eugênio Müller. 

Além das faixas nas cores da bandeira nacional, o prédio também foi palco de um ato simbólico realizado no final da manhã de sexta-feira, 18. Cerca de 200 alunos dos cursos técnicos do Senai foram reunidos no pátio para uma solenidade de hasteamento de bandeiras ao som do Hino Nacional. “Esse é um ato pelo Brasil que está sendo realizado nas escolas Sesi e Senai, a pedido do presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira. Vocês ainda são muito jovens e não viveram outros momentos da política do país como o impeachment do Collor e o período da ditadura. Esse é um ato também de protesto ao momento que estamos vivendo e temos que refletir sobre o que o país está passando”, disse o coordenador de educação profissional do Senai Nova Friburgo, Gil Mairon da Silva.

Também participaram do ato simbólico, funcionários, professores, colaboradores e instrutores do turno da manhã do Senai. Alguns moradores de prédios do entorno assistiram a tudo pela janela e uma senhora chegou a empunhar uma pequena bandeira do Brasil durante a execução do hino. Foi a primeira ação deste tipo realizada na unidade e os jovens foram bastante receptivos, segundo os professores. Além do Senai, as sedes do Sesi Vila Amélia, do Senai Espaço da Moda e do ginásio Frederico Sichel também ganharam as cores verde e amarelo em suas fachadas em apoio ao movimento lançado pela Firjan para estimular a união nacional em torno do futuro do país.

Para a presidente da Representação Regional Firjan no Centro-Norte Fluminense, Márcia Carestiato Sancho, esse posicionamento da instituição empresarial foi inevitável diante dos acontecimentos dos últimos dias. “É uma forma de fortalecer a democracia. Antes de sermos empresários somos cidadãos e temos compromisso com o nosso país. A paralisia e o desgoverno do Brasil têm acabado com milhões de empregos, quebrado empresas e penalizado a população menos favorecida enquanto os escândalos de corrupção só aumentam diante dos olhares perplexos. Então o que nós queremos é um Brasil livre da corrupção, da impunidade e capaz de retomar o crescimento com justiça social”, observou Márcia.
 
Em coletiva, presidente da Firjan pede "um basta"

Em entrevista coletiva realizada na tarde da última quinta-feira, 17, o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, afirmou que a voz do povo brasileiro, nas ruas, não deve ser calada e que a crise política instalada no Brasil está acabando com milhares de empregos e de empresas. Segundo ele, é necessário que o Congresso Nacional responda com rapidez para que o país fortaleça ainda mais a sua democracia, e fique livre da corrupção, da impunidade, retomando o crescimento com justiça social.

Eduardo Eugenio ressaltou, durante a coletiva na sede da Federação, que o atual momento político é um teste para a democracia brasileira, mas que é necessário lutar para o país sair dessa crise mais fortalecido e maduro. “Não dá mais. Nós estamos pedindo um basta e esse basta se dá com o impeachment. Isso tem que acontecer por meio do trabalho dos nossos congressistas, que têm essa responsabilidade e têm que fazer o que deve ser feito, o mais rapidamente possível, dentro da democracia, da constituição e da legislação brasileira”, disse.

O presidente da Firjan participou ainda na quinta-feira, de uma reunião, via videoconferência, com representantes das federações do Paraná, Pará, Espírito Santo e São Paulo para alinharem as ações em prol do andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Cada entidade vai trabalhar no convencimento de parlamentares de suas redes para garantir que o processo, no Congresso, ganhe agilidade. “A sociedade brasileira não aguenta mais. As pessoas querem trabalhar, querem construir suas famílias. Quanto antes conseguirmos usar os instrumentos legais para que tenhamos uma mudança de governo, mais cedo sairemos dessa crise”, afirmou.    

 

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O coordenador de Educação profissional do Senai Nova Friburgo, Gil Mairon da Silva, discursou para os estudantes (Foto: Lúcio Cesar Pereira)
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