Chegou a hora de se despedir. Os suíços que invadiram Nova Friburgo nos últimos dias se divertiram, aproveitaram o melhor que poderíamos oferecer, tiveram tratamento de luxo e viram, sem deixar escapar nada, todas as belas coisas que temos à disposição. Mas, apenas as belas coisas. Agora, em despedida, depois de terem elogiado nossos dotes como anfitriões, nossa alegria e até nossa cerveja, partem, para curta temporada na Cidade Maravilhosa, e de lá, depois de visitarem o Corcovado, Cristo Redentor e todos os belos pontos turísticos que encontrarem, retornam às terras alpinas, claro que um tanto mais brasileiros.
De sapatos vermelhos, o historiador Martin Nicoulin se lembrou, durante cerimônia realizada na Queijaria Suíça, em Conquista, dos primeiros encontros com o engenheiro Ariosto Bento de Mello, quando foram dados os primeiros passos para o processo de intercâmbio entre Nova Friburgo e o Canton de Fribourg. “Há 42 anos eu cai numa gamação terrível pelo Brasil e por Nova Friburgo”, disse, em bom português. “O objetivo, na vaidade da minha juventude, era fazer de Nova Friburgo a única cidade onde se conhecessem todos os seus fundadores”.
E, em bom francês, o prefeito Heródoto Bento de Mello lembrou dos primeiros suíços que aqui chegaram, em busca de oportunidades, tiveram de passar por grandes provações, como abandonar a família, amigos e terras, e de como é extraordinário, agora, poder celebrar essa jornada. Lembrou ainda o compromisso mantido com a população de melhorar as condições da saúde na cidade, assim como a implantação e construção do trem, um aeroporto nos arredores da queijaria e uma estrada de contorno, com 180km, voltada para o turismo. Em tom de brincadeira, finalizou diante de um público que esperava voltar para ver essas realizações: “Acham que é muito?”. Por fim se despediu, convidando: “Voltem sempre, estaremos sempre com o coração aberto para vocês”.
Deixe o seu comentário