Associação de Moradores diz que Córrego D'Antas conseguiu se reerguer

Cenário de destruição descrito por AVS retrata apenas uma parte do bairro e faz parte do passado, garante grupo gestor
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
por Jornal A Voz da Serra
O Centro Sociocultural de Córrego D'Antas oferece várias atividades (Arquivo AVS)
O Centro Sociocultural de Córrego D'Antas oferece várias atividades (Arquivo AVS)

O grupo gestor da Associação de Moradores do Bairro de Córrego D'Antas contestou informações sobre o bairro, que chamou de equivocadas publicadas na reportagem "Geólogos visitam áreas afetadas pela tragédia de 2011" publicadas na edição de ontem, 22, de A VOZ DA SERRA. A reportagem informa, com base em uma visita ao bairro este ano que “o cenário ainda é de destruição e, pelas ruas, quase não se vê mais moradores, já que a maioria teve suas casas destruídas. As marcas da água e lama que tomaram o bairro ainda podem ser vistas na fachadas de muitas residências que se transformaram em ruínas".

Segundo a associação,  desde 2011, o bairro, um dos mais afetados pela tragédia de 2011, se tornou uma referência na mobilização comunitária para a sua recuperação, conforme registrado pelo próprio A VOZ DA SERRA, em agosto de 2011, na reportagem “Em Córrrego Dantas, a união faz a força” (RELEMBRE AQUI).

Os moradores afirmam ainda que, passados mais de sete anos da tragédia, o bairro ainda sofre com a ausência de obras prometidas pelo estado, como a dragagem do rio, a demolição de casas condenadas e a construção de áreas de lazer. Mas a população conseguiu, por esforço próprio, reconstruir o bairro, abrir um Centro Sociocultural, retirar do perímetro urbano uma incineradora de resíduos infectantes e implantar a Rede para Gestão de Risco da Bacia do Córrego D'Antas (Reger-CD), que reúne mais de 25 instituições de pesquisa.

“Só uma parte foi destruída pela tragédia. O bairro está a todo vapor, apesar da negligência do poder público. O bairro é uma área industrial e comercial em ascensão, várias empresas se instalaram aqui nos últimos anos. Há uma associação de moradores que construiu um centro sócio-cultural com ajuda dos suíços, onde funciona uma unidade de saúde. Há uma escola municipal, uma estadual e uma creche, com fila de espera. Há igrejas protestantes e duas capelas”, disse a moradora Aline Lopes de Oliveira, através de mensagem ao Facebook do jornal.

A lembrança da tragédia veio à tona porque  na última segunda-feira, 20, foi realizada, no Rio de Janeiro, a 49ª edição do Congresso Brasileiro de Geologia. O evento previa uma visita de geólogos a Nova Friburgo nesta quarta-feira, 22 - que, no entanto, não ocorreu.  Eles viriam verificar algumas áreas atingidas por deslizamentos de encostas na tragédia climática de janeiro de 2011, mas acabaram indo apenas a Teresópolis e Petrópolis.

 

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