Associação de Moradores de Olaria quer revitalizar Campo do Coqueiro

Após aprovação do Inea, ofício foi encaminhado à Secretaria Municipal de Esportes pedindo reconstrução do espaço
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
por Jornal A Voz da Serra
Associação de Moradores de Olaria quer revitalizar Campo do Coqueiro

Graças a um esforço da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Olaria (Amabol), o conhecido campo do Coqueiro, destruído na enchente do Natal de 1996, poderá ser recuperado. Depois de consultado o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), através de sua superintendência em Nova Friburgo, que aprovou a recuperação, a Amabol entregou no último dia 7 um ofício solicitando investimentos no espaço ao secretário municipal de esportes, Raul Marcos Pires Gonçalves.

O referido campo ficava na margem esquerda do Rio Cônego, entre a Via Expressa (Avenida José Pires Barroso) e a Rua Romão Aguilera Campos. Era palco de constantes partidas de futebol amador, inclusive com times uniformizados e árbitros, ou, às vezes, uma animada pelada, com atletas de toda a cidade, principalmente de Olaria e Cônego.

No documento entregue ao superintendente do Inea no município, Wenceslau Junqueira, datado de 14 de setembro deste ano, a diretoria da Amabol reitera a necessidade da recuperação desse campo, pois além de reviver a prática do futebol, o espaço pode funcionar com o área de escape (tipo piscinão) do Rio Cônego durante as enchentes, o que diminuiria o impacto mais abaixo, principalmente no bairro Olaria, além de preservar a área evitando ocupações desordenadas.

A resposta do Inea foi expedida através de ofício do último dia 27 de outubro. O titular, Wenceslau Junqueira, citou que a equipe técnica de sua superintendência foi ao local do antigo campo e de acordo com relato técnico de número 25.492, de 22 de outubro, foi autorizada a recuperação do campo do Coqueiro, desde que sejam cumpridas as condições mencionadas.

No ofício, a superintendência do Inea cita que a área está abandonada, é plana, sem cobertura de vegetação primária ou secundária em estado avançado de regeneração. O local foi atingido duas vezes, em dezembro de 1996 e janeiro de 2011. Em ambas o Rio Cônego sofreu alterações em seu curso, danificando a área como um todo. No documento foi citado ainda que a área já era antigamente ocupada por um campo de futebol, aberto à população (caráter social) e a recuperação não vai modificar as condições hidrográficas ou superficiais do local.

É citado ainda que se a área for mantida na situação atual poderá vir a causar a sua ocupação irregular, inclusive por construções e que a recuperação do campo de futebol trará de volta atividades esportivas para a comunidade sem causar degradação ambiental. A superintendência do Inea autoriza a recuperação do campo do Coqueiro, desde que sejam cumpridas condições, como ser limpa só a área onde ficava o antigo campo de futebol, a vegetação no entorno do campo não poderá ser retirada, assim como não poderá ser feita nenhuma intervenção nas margens do Rio Cônego, nem feito nenhum aterro no local.

O Inea determina ainda que não poderá haver no local nenhuma intervenção na faixa marginal de proteção ou no próprio rio, nem erguida construções no local. Também está proibida qualquer outra intervenção no local sem a prévia autorização do órgão. Todo o material proveniente da limpeza deverá ser depositado em local apropriado e todos os cuidados deverão ser tomados no sentido de manter a área limpa, recolhendo qualquer tipo de lixo gerado. Outra determinação do Inea é que toda a área deverá ser isolada para sua recuperação natural e os serviços deverão ser acompanhados por um servidor da superintendência do Inea na cidade.

A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Prefeitura, para que o secretário de Esportes, Raul Marcos, se manifestasse sobre a reivindicação da Amabol, mas até o fechamento desta reportagem não houve resposta do e-mail enviado.

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