Os profissionais da educação municipal que estão em greve há oito dias em Nova Friburgo realizaram uma série de atividades na última terça-feira, 13. À tarde, a direção do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) - que, em Friburgo, representa também os servidores da rede municipal - e a base grevista foram recebidos na Câmara de Vereadores pelas comissões de Educação e de Servidores Públicos da casa legislativa. Já no início da noite a categoria realizou uma assembleia no Colégio Estadual Jamil El Jaick, quando foi deliberada pelos cerca de 300 participantes a continuidade da greve por tempo indeterminado. Hoje, 15, a paralisação soma oito dias.
Na Câmara Municipal, o Sepe e a comissão de grevistas entregaram aos presidentes das comissões e do Legislativo, vereador Alexandre Cruz, um dossiê que reúne documentos relacionados às lutas recentes da educação municipal, como as tentativas de diálogo com a prefeitura, os estudos que servem de base para a campanha salarial 2019, a proposta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários para o pessoal de apoio, elaborada em 2018, a carta sindical do Sepe, entre outras reivindicações da categoria. Após o encontro na Câmara, o grupo se dirigiu à prefeitura para tentar agendar uma reunião com o prefeito e, segundo o Sepe, “novamente a resposta foi negativa”.
Durante a assembleia no Jamil El-Jaick também foi aprovada a realização de um ato público em frente à prefeitura nesta sexta-feira, 16. Após o fim da assembleia, os grevistas saíram em passeata até a Praça Dermeval Barbosa Moreira.
Balanço da greve, segundo a prefeitura
Em nota distribuída à imprensa nesta quarta-feira, 14, a Prefeitura de Nova Friburgo divulgou novo balanço sobre a greve. Segundo a Secretaria de Educação, ontem, 63% das escolas funcionaram normalmente, 31% funcionaram de forma parcial e apenas 6% aderiram totalmente à greve. Já o Sepe não divulgou um balanço sobre a adesão da categoria à paralisação.
Secretário de Educação grava vídeo sobre a greve
Em vídeo divulgado pela prefeitura no fim da tarde desta quarta-feira, o secretário municipal de Educação, Igor Pinto, rebateu diversas acusações feitas pelo Sepe e contestou algumas reivindicações da categoria, principalmente no que se refere às condições das escolas municipais e os salários de alguns funcionários de apoio que, segundo o sindicato, estariam recebendo menos que o mínimo nacional.
“Isso é mentira. O governo municipal conseguiu complementar a folha para que ninguém receba um valor abaixo do salário mínimo. A carta aberta divulgada pelo sindicato fala ainda de unidades escolares em espaços físicos inadequados. Em dois anos e meio, a prefeitura inaugurou creches e escolas, realizou melhorias e manutenções em diversas unidades. E ainda tem mais inaugurações vindo por aí”, disse Igor Pinto, que completou: “Dizer que a prefeitura não está respeitando a educação não é verdade. O município gostaria de fazer muito mais pelos seus servidores se tivesse condições”, finalizou.
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