Assembleia de moradores de Córrego Dantas debate a situação do bairro

segunda-feira, 23 de julho de 2012
por Jornal A Voz da Serra

No último dia 12 moradores de Córrego Dantas participaram de assembleia extraordinária da associação do bairro. Mais de 140 pessoas estiveram presentes para receber informações sobre o processo que envolve Ibama, Inea, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a incineradora de resíduos infectantes Creamor, e ainda quanto aos procedimentos de desapropriação em curso nas margens do Córrego Dantas e a desapropriação de 147 imóveis.

Os moradores também expuseram seus relatos questionamentos e propostas, com destaque para a situação dos procedimentos de desapropriação das residências no bairro. A principal questão da noite foi a situação de indefinição das residências da Rua Érico Hees, Travessa Oriente e trecho da Alexandre Bachini, onde moradores aguardam o recebimento dos valores prometidos em acordo com o estado desde o ano passado, a avaliação da situação de diversos imóveis e o valor da indenização oferecida.

A desocupação do bairro, a abordagem dos funcionários da empresa que presta serviço ao Estado, que segundo moradores é feita através de ameaças e intimidações, também entraram em pauta. Além disso, foi feito o questionamento em relação à posição do Estado na decisão de retirar as moradias em detrimento da execução das obras de drenagem, remoção e contenção de pedras, e a destinação dos cerca de R$ 17 milhões reservados para as obras desde o ano passado e que até agora não foram feitas.

Os problemas com o aluguel social não foram esquecidos, com relatos de famílias que tiveram de retornar para áreas de risco por não receberem o benefício. A assembleia atentou para o fato de que a sirene do sistema de alerta da Defesa Civil não é ouvida por moradores em alguns pontos do bairro.

A dificuldade de se obter informações em relação aos seus inúmeros problemas junto aos órgãos do poder público também foi motivo de reclamação. Faltam obras de infraestrutura como pavimentação, construção de pontes, galerias de águas pluviais, rede de esgoto, ausência de espaços de lazer, falta de manutenção e abandono da quadra esportiva, espaço improvisado e inadequado para as atividades da creche e escola municipal, poluição do ar e insegurança. Por fim, a principal proposta da plenária é a realização de uma Audiência Pública e reivindicar obras para o bairro e manter resistência frente à desapropriação dos imóveis.

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