Assassinos de Conrado Sichel transferidos para Polinter do Rio

segunda-feira, 27 de julho de 2009
por Jornal A Voz da Serra
Assassinos de Conrado Sichel transferidos para Polinter do Rio
Assassinos de Conrado Sichel transferidos para Polinter do Rio

Todos os dias aparecem novas informações sobre os acusados de envolvimento na morte do engenheiro e diretor da Autran, Conrado Sichel. O crime aconteceu na tarde da última segunda-feira, 20, no centro da cidade, e chocou a população. Desde a prisão dos acusados (cerca de quatro horas após o crime), policiais do 11º BPM, da 151ª DP e do Grupo de Apoio às Promotorias de Justiça (GAP) vêm buscando provas. No início da manhã desta sexta-feira, 24, os envolvidos foram transferidos para a Polinter na Praça Mauá (Cais do Porto), no Rio de Janeiro, onde conhecerão seus destinos. As policias Civil e Militar divergem quanto às verdadeiras identidades dos criminosos, mas há informações de que os dois, ‘Alexandre Soares de Lima e Alexandre Passarelle da Mata Júnior’ são perigosos. O carro usado pelos acusados foi periciado e nada consta de errado com o veículo.

A repercussão do caso trouxe a Nova Friburgo o delegado Antônio Carlos de Carvalho, chefe do Departamento Geral de Polícia do Interior. Ele esteve na delegacia da Vila Amélia buscando informações sobre o crime. Segundo o chefe do setor de investigação da 151ª DP, inspetor Paulo Roberto Donin, a presença do delegado Antônio Carlos mostra que a Polícia Civil está priorizando as investigações sobre a morte de Conrado Sichel. Outra novidade sobre o caso foi a transferência dos acusados. Segundo Donin, um pedido de reforço ao 11º BPM já estava sendo preparado para este fim de semana, quando os dois foram levados para o Rio de Janeiro. Para Nova Friburgo, na avaliação do chefe do SI, foi melhor que os dois tenham deixado a carceragem da Vila Amélia.

CARRO - Uma das peças da investigação era o carro usado pelos bandidos. A consulta feita pela placa do veículo já denunciava que este não fora furtado ou roubado. O resultado de uma perícia feita no interior do Prisma, no pátio da 151ª DP, revelou que os números do chassi e do motor não tinham alterações. Em apuração, os policiais da 151ª DP descobriram que o carro consta como alienado no HSBC, mas não disseram o nome da pessoa que está no documento do Detran.

Informações sobre os acusados mostram ligação da dupla com outros tipos de crimes

Há uma divergência entre as investigações feitas por policiais da 151ª DP e do 11º BPM. De acordo com o chefe do setor de investigações da 151ª DP, Paulo Roberto Donin, Alexandre Soares de Lima, 26 anos, está com identidade falsa. Segundo o inspetor, o número de identidade apresentada por ele não consta no sistema do Instituto Félix Pacheco. “Checamos e o sistema diz que a identidade é inexistente. Há mais de seiscentos nomes iguais, mas nenhum apresenta como mãe Helena Soares de Lima, conforme consta na filiação do documento apresentado pelo preso”, disse Donin.

Para o major Marcelo Freiman, subcomandante do 11º BPM, Alexandre Passarelle da Mata Júnior, 35, foi quem apresentou documentos falsos. “O nome verdadeiro dele é Alexandre Emílio de Almeida e contra ele há informações de participação em crimes no Rio de Janeiro”, informou. O assessor de imprensa do comandante do 11º BPM, tenente Mattos, informou que a investigação do crime cabe à Polícia Civil, mas que o batalhão está pronto para cooperar com a apuração. “A linha de ação do novo comandante é de cooperação, para um melhor atendimento à sociedade friburguense”, ressaltou Mattos, em nome do tenente-coronel James de Barros.

Sobre o preso ‘Passarelle’, a Polícia Militar descobriu que ele tem passagens por roubo, resistência à prisão, formação de quadrilha e receptação. “Fui pessoalmente ao Ministério Público e com a ajuda de agentes do GAP conseguimos apurar que Alexandre Emílio de Almeida (o Passarelle) já cumpriu pena na Penitenciária Industrial Esmeraldino Bandeira (complexo de Bangu) e no Ari Franco”, comentou o major.

Em contato com a redação de A VOZ DA SERRA, uma leitora (cujo nome não foi revelado no e-mail), informou que Alexandre Soares de Lima (que para a Polícia Civil está usando um nome falso) é morador de uma localidade conhecida como Buraco do Lacerda, no Jacaré, e atende pelos apelidos de Xande ou Narigudo. Segundo a denúncia, Alexandre Soares de Lima (nome confirmado no e-mail) já praticou diversos assaltos e é violento em sua comunidade, onde possui casas e uma motocicleta.

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