Asfalto da RJ-116 é remendado, mas desnível continua na Ponte da Saudade

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Asfalto da RJ-116 é remendado, mas desnível continua na Ponte da Saudade
Asfalto da RJ-116 é remendado, mas desnível continua na Ponte da Saudade

Eloir Perdigão

Um antigo problema voltou à tona num trecho do km 78 da RJ-116, na altura da Ponte da Saudade. Uma elevação da pista, um desnível ou um “calombo”, como moradores e comerciantes do lugar estão chamando, está ganhando dimensões avantajadas, prejudicando o tráfego no local. Na tarde de terça-feira, 24, informações chegadas por populares a este jornal davam conta de que a concessionária Rota 116 estava providenciando o conserto daquele trecho, mas o serviço não passou de um remendo no asfalto, talvez para amenizar os solavancos dos veículos. E o “calombo” continua.

Comerciantes ouvidos no local falam sobre o assunto exaltados, com certa irritação. É o caso de Flávio Figueira, que diz estar aquele trecho da RJ-116 precisando de um trabalho muito mais técnico. Em sua opinião, a pista precisa ser preparada corretamente, sem o chamado calombo. “Se não daqui a pouco isto aqui vai causar um acidente”, preocupa-se, ao ver o desnível na pista aumentando cada vez mais.

Na opinião de Flávio, o problema vem do terreno particular logo acima da pista, que está em constante movimento, descendo. Segundo o comerciante, o proprietário do terreno tem tentado, em vão, junto às autoridades, resolver o problema.

Giane Ouverney, que tem seu estabelecimento bem em frente ao trecho problemático, diz perceber que o desnível aumenta a cada dia. Para ela, a concessionária só faz remendos ali talvez para aliviar o baque dos veículos. E a obra—que em sua opinião deve ser cara—não é feita. “Nesse pedaço o asfalto tem que ser feito de novo. O problema está vindo do subsolo, porque está levantando o asfalto. Com certeza o problema está lá embaixo”, afirma.

Outro comerciante aborrecido com essa situação é José Carlos Benjamim Pereira. Para ele, a situação vivida ali chega a ser ridícula. “É remendo em cima de remendo. A gente sabe que existe uma situação perigosa para os motoristas, para as pessoas que passam, pois tem um calombo. Não precisa ser muito inteligente em termos de estrada para olhar e ver que isto está muito errado.”

Na opinião de José Carlos, é preciso um trabalho mais técnico para resolver o problema dessa descida de água que tem no solo, abaixo do asfalto. “Isso é um problema geológico, que em minha opinião seria resolvido com um projeto de drenagem eficiente. É uma obra cara, com certeza, que é preciso resolver entre a Rota, o governo, o DER e os donos dos terrenos. Não somos nós, os lojistas daqui, que vamos resolver isto.”

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O terreno acima do referido trecho está todo mexido, revirado, segundo José Carlos, na tentativa do proprietário de resolver o problema. O comerciante imagina que o proprietário deve ter gasto muito dinheiro com a obra e não obteve resultado, creditando o problema a um lago existente mais acima, cuja água permeia entre o solo e a rocha, provocando o movimento de terra, inclusive tombando as árvores, que estão inclinadas. Ele teme, inclusive, uma possível queda de barreira, podendo atingir as lojas e residências situadas em frente, inviabilizando o trabalho dos comerciantes ali estabelecidos e sua segurança.

Junto com a lojista Giane, José Carlos diz que o calombo começou “há décadas”. Só que recentemente aumentou, com movimento do asfalto, agora todo distorcido, agravando o problema, que teimosamente não é resolvido. “Estão esperando o quê? Que alguém se machuque, que haja uma batida aqui, que morra gente, para que resolvam?” José Carlos e Giane querem uma “solução já”.

O QUE DIZ A CONCESSIONÁRIA

A Rota 116 S/A informou que já contratou uma empresa de sondagem de solo e outra de topografia para investigar as causas que originam o problema naquele trecho da rodovia para uma solução definitiva. O serviço feito no local foi o do nivelamento do solo.

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