Thereza Freire Vieira (*)
Para quem deseja viver mais e vencer na luta pela vida são armas indispensáveis: o otimismo e o amor à vida. Sem esses dois elementos, não será possível chegar tão longe.
Um otimista consegue vencer todas as barreiras, não importando a claridade do dia nem a escuridão da noite, se chove ou faz sol. Fecharam para ele o caminho que estava seguindo, vai em busca de novos caminhos não importando quão difícil sejam. Olhando para frente e não para o lugar onde está pisando, ele enxergará novos horizontes e terá a certeza de realizar o que deseja.
É preciso amar a vida para poder lutar por ela, para não desanimar na primeira trombada que dê nos caminhos que tem a seguir.
Se não deixar o pessimismo e perder o amor pela vida, a caminhada será difícil, infrutífera e no primeiro tropeço desiste, para a caminhada e ficará pelos cantos da vida chorando por não ter à sua frente um caminho livre para que possa seguir.
E assim para de viver e fica se lamentando por não ter conseguido as coisas que havia desejado durante toda a vida e deixará que o pessimismo o domine, perdendo a vontade de viver e esperando a morte chegar.
Não se preocupe. Ela vai chegar e muito mais breve do que se pode pensar, porque ela percebeu que contra uma presa fácil não é preciso muita força para vencer.
Ninguém deve deixar de lutar porque tem uma doença que considera incurável ou porque os maus ventos a empurraram para onde não queria ir.
Vamos nos cobrir, nos proteger com a couraça do otimismo, amando a vida o tanto que ela deseja ser amada — a caminhada será mais fácil.
A vida é feia ou bonita dependendo de cada pessoa, do seu modo de ser, de lutar, de querer, de desejar. Pode-se receber incentivos múltiplos, mas o mais importante é o que existe dentro de si mesmo. É de onde vem a energia que nunca se julga ter.
(*) Médica Geriatra e
escritora, colaboradora
de jornais e revistas.
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