Se tem uma coisa que não falta em Nova Friburgo é diversão para todas as idades e gostos, a cada fim de semana, feriadões e no meio da semana também. Artistas representativos de todas as áreas, cultura em forma de dança, música, artes plásticas, fotografia, teatro, literatura, cinema, desenho, temos de tudo, um elenco formidável para todas as formas de expressão. Essa gente talentosa e criativa marcou encontro para este sábado, 5, das 10h às 12h, na Praça Getúlio Vargas, Centro, para comemorar o Dia Nacional da Cultura.
Por aqui não faltam programas, de gastronomia, inclusive, como o que está começando justo neste sábado: é o 10º Festival de Truta, com a participação de 26 restaurantes (confira aqui). Temos gente nossa até nas telas de cinema, no filme “Deixe-me viver”, lançado na última quinta-feira, 3, com a presença do protagonista Bernardo Dugin. E no Teatro Municipal Laercio Ventura, tem sessão única do espetáculo ‘Violetas na Janela’. Entre outros programas. (Confira a coluna Agenda de A VOZ DA SERRA aqui.)
Cultura. O tema é vasto. Farto. E complexo. A palavra cultura abrange várias formas artísticas, e define tudo aquilo que é produzido a partir da inteligência humana. Segundo intelectuais, “ela está presente desde os povos primitivos em seus costumes, sistemas, leis, religião, em suas artes, ciências, crenças, mitos, valores morais e em tudo aquilo que compromete o sentir, o pensar e o agir das pessoas”.
Como conceito, tem várias acepções. Os antropólogos dizem que “cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Há quem a defina como “um conceito extremamente complexo e impossível de ser fixado de modo único”.
No século 18, estando associada ao conceito de civilização, a cultura se confundia, muitas vezes, com noções de desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta, comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na França e na Inglaterra dos séculos 18 e 19, onde cultura se referia a um ideal de elite. Ela possibilitou o surgimento da divisão (e, eventualmente, da hierarquização) entre “cultura erudita” e “cultura popular”, ainda fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais, atualmente.
Avancemos, então, que esse tema é tão abstrato e dinâmico quanto a própria arte. O tempo urge e estamos em plena vigência do século 21. Passamos pelo modernismo, pelo pós, e hoje estamos aí, numa vertiginosa corrida de obras em movimento, melhor dizendo, em progresso. A tecnologia se apossou de tudo e nos apontou o infinito. Misturamos clássico com moderno, música erudita com pop, é Beethoven em ritmo de rock, ruídos inimagináveis. É o que está rolando em todo o mundo, a cultura que estamos consumindo, atordoados que estamos com a definição de cultura hoje em dia.
E Nova Friburgo acompanha a onda
Temos muito o que comemorar em 2016. O mais recente acontecimento foi a nossa primeira Flinf – Feira Literária de Nova Friburgo – que reuniu um expressivo número de escritores, jornalistas, palestrantes, locais e convidados, com massiva participação dos moradores, distribuídos em diversos espaços públicos e privados.
Em maio, a cidade realizou a Feirarte – I Feira Cultural de Nova Friburgo –, um evento criado pelo jovem escritor friburguense Thales Amaral, de 19 anos, com o objetivo de “espalhar cultura e arte por toda parte”, juntamente com os escritores Flávia Gonçalves e Carlos Henrique Abbud. A feira foi montada na Praça Demerval Barbosa Moreira, com atividades em todo o fim de semana, em tendas de autores — que reuniram 13 escritores —, exposição e venda de artesanato, oficinas do livro, de grafite, apresentação de bandas, sarau de poesias, peça teatral e doação de livros. E muito, muito mais ao longo do ano.
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