Arquivo Pró-Memória em alta

quarta-feira, 07 de março de 2012
por Jornal A Voz da Serra

Já faz mais de três anos desde o dia em que se deu início ao projeto de digitalização e reorganização do antigo Pró-Memória. Decorrido todo esse tempo o AVS foi conferi-lo in loco. Para os friburguenses que ainda não estão a par desse assunto, eis o que apuramos:

- Não mais simplesmente um órgão da Secretaria Municipal de Cultura, o Arquivo Pró-Memória é hoje patrimônio da Fundação D. João VI de Nova Friburgo, instituição pública criada com o propósito de dar proteção ao já tão sofrido e dilapidado patrimônio histórico friburguense;

Antes era assim

- Hoje as instalações do Arquivo Pró-Memória não deixam dúvidas. Basta comparecer à sede do Arquivo Pró-Memória, ou por os olhos na foto seguinte:

Instalações atuais

- Equipado com sete computadores, dispositivos de digitalização, bem como equipamentos de áudio e vídeo, o Arquivo Pró-Memória está apto para servir aos usuários que lá comparecem em busca de auxílio para as suas pesquisas. Ao entrar no amplo Salão Azul, como é conhecido, salta aos olhos a imensa foto temática dependurada sobre o painel da parede frontal. Medindo quatro metros de comprimento, a imagem ilustrativa de um cenário magnífico chama atenção do público, anunciando o novo Pró-Memória. Vale a pena conferir com os próprios olhos;

- E a digitalização de documentos, como anda? Eis as informações que apuramos com Nelson Bohrer, presidente da Fundação D. João VI: centenas de milhares de imagens digitais produzidas até o momento; do acervo de jornais de época (1890–1920), 90% concluído; do acervo de manuscritos, 100 anos digitalizados a partir de 1818, totalizando 30 mil documentos; livros, fotografias, microfilmes, películas cinematográficas 16 e 35 mm e áudio de todo tipo completam o acervo digital do Arquivo Pró-Memória, já hoje entre os maiores acervos digitais do Brasil;

- Tão importante tem sido esse trabalho, eis aqui o que diz o Sr. Paulo Knauss, Diretor Geral do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro:

“Em nome do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro venho cumprimentá-lo pelo trabalho que tem sido realizado pela Fundação D. João VI de Nova Friburgo de valorização do patrimônio documental de Nova Friburgo, contribuição inestimável para a cultura fluminense. O sítio eletrônico da instituição permite acompanhar todo o investimento realizado no tratamento técnico de preservação do acervo documental com destaque para a digitalização e promovendo sua disseminação na escala da rede mundial de computadores. Certamente, esse processo, além de dotar de competência técnica a Fundação D. João VI da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, deve tornar a instituição referência técnica no campo dos arquivos fluminenses, especialmente na região.

Além disso, parabenizo-o pelo patrocínio recebido da Secretaria de Estado de Cultura para o desenvolvimento do Projeto do Guia de Patrimônio Documental dos Sertões de Macacu, que confirma o protagonismo regional que a Fundação D, João VI de Nova Friburgo pode exercer no campo da promoção do patrimônio documental fluminense.”

- Igual apoio e reconhecimento parte também de outras importantes instituições nacionais como o Arquivo Nacional com o qual a Fundação D. João VI deverá firmar um Termo de Cooperação, diz Nelson, animado. E também o Real Gabinete Português de Leitura, primeira instituição a receber o convite para participar do Projeto do Bicentenário de Nova Friburgo—“Todos nós ficamos honrados com o convite”, afirmou seu presidente, António Gomes da Costa. Ainda, a Fundação Biblioteca Nacional, cujo apoio vem desde o início; mostra-nos a carta Nelson, datada de 2007 e assinada pelo então presidente Muniz Sodré, parabenizando-o pela importante iniciativa e afirmando o total apoio da FBN;

- Por último não poderíamos deixar de comentar a respeito do Projeto do Bicentenário de Nova Friburgo, anunciado em meados do ano passado. Um projeto que marcará o fim dos trabalhos de digitalização do arquivo, bem como determinará os responsáveis pela guarda do acervo digital produzido. Uma forma inovadora de dizer: Tudo está pronto, tudo está salvo. Um acervo com mais de um milhão de itens relativos à História de Nova Friburgo, relativo à História de todos nós, devidamente protegido e posto na forma possível de ser entregue para uma geração que sequer nasceu. Preparado para resistir ao tempo, para ir muito além de nosso próprio tempo, de nossas próprias possibilidades, e, quem sabe, viajar por mais cem anos, até 2118. Loucura imaginar assim? Pensamos que não. Concordamos com o Nelson quando afirma ser esse projeto a melhor e mais significativa forma de assumirmos um compromisso com o futuro.

“Ainda não fizemos tudo, mas penso que fizemos o bastante para provar que é possível concluir”, afirma o presidente da Fundação D. João VI de Nova Friburgo, Nelson Bohrer. Não há como discordar, ou alguém duvida? Prova maior desse trabalho foi apresentada no dia 22 de janeiro desse ano, na forma de uma reportagem, cuja importância lhe concedeu a capa do Segundo Caderno, do jornal O Globo, duas páginas completas entregue à competência do jovem jornalista Mauro Ventura, e ainda com direito a chamada destacada na primeira página, “O Despertar de Carlos Drummond de Andrade”. Assim, depois de muito tempo, Nova Friburgo chega à mídia nacional de forma positiva. E com maior destaque, impossível! Destaque nacional. Então, fácil é concluir a respeito da importância desse trabalho e do sucesso alcançado até o momento. Parabéns a Fundação D. João VI de Nova Friburgo pela iniciativa pioneira! Parabéns aos responsáveis pelo sucesso já alcançado! O Jornal A Voz da Serra orgulha-se, na qualidade de parceiro e membro do Conselho de Administração.

A Voz da Serra

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