Um dos trechos mais atingidos pela catástrofe climática de janeiro, as ruas Cristina Ziede, Juvenal Namen e Augusto Spinelli estão passando por obras de limpeza e recuperação há cerca de dois meses. Apesar disso, depois do temporal do último fim de semana o local voltou a despertar preocupação entre moradores e comerciantes. Isso porque, o excesso de chuva comprovou a vulnerabilidade da encosta e deixou um rastro de lama no entorno do quarteirão. A sujeira chegou à Praça Getúlio Vargas e trouxe muitos transtornos aos motoristas e pedestres.
Para tentar evitar a ocorrência de novos lamaçais, o trecho onde várias casas desabaram na Rua Cristina Ziede começou a ser preenchido com dois tipos de materiais: biomanta antierosiva e bermalonga. O primeiro são telas fabricadas a partir de fibra de coco que protegem o solo até que a vegetação se restabeleça. Já o Bermalonga também é constituído por fibras vegetais, altamente compactado e flexível, envolvido por malha resistente de polipropileno.
As mantas começaram a ser colocadas no início da semana com objetivo de conter novos lamaçais a qualquer chuva e reduzir o risco de futuros deslizamentos de terra. Isso porque o material protege contra o escoamento superficial da água no solo e garante rapidez no processo de revegetação. Alguns moradores das proximidades estão esperançosos quanto à eficácia da medida. “Tomara que isso ajude a conter a água barrenta que desce da Cristina Ziede nos dias de chuva”, disse uma moradora da Rua Marques Braga.
Vale lembrar que, desde a catástrofe ocorrida em janeiro, o quarteirão que abrange o final da Rua Augusto Spinelli e as ruas Juvenal Namen e Cristina Ziede tem atraído muitos curiosos, que vão conferir de perto o cenário onde parte de um edifício desabou, além de várias casas, provocando a morte de dezenas de pessoas, incluindo três bombeiros.
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