O século XXI, mais especificamente esta década que estamos vivendo, entrará para história mundial. O mundo passa a estar conectado de forma interativa e, no estalar de um dedo, a informação sai da Ásia e chega ao Brasil, por exemplo. Surgem as mídias sociais, ferramentas tecnológicas para uma comunicação interativa, que ganham destaque entre os seus usuários.
Os meus caros leitores que já têm mais de 30 anos tiveram a oportunidade de viver bem as décadas de 80 e 90, onde só tínhamos as mídias tradicionais, como a TV, o rádio e o jornal. Nessas mídias a informação era repassada de forma unilateral, preparada por um grupo de profissionais antes de ser publicada e podia ser manipulada. Não havia interação. Isso ainda acontece, mas agora temos alternativas, podemos escolher. Não precisamos de profissionais preparando o conteúdo que queremos ver, assistimos a programação que queremos a qualquer hora, podemos discutir assuntos em tempo real. Tudo isso graças à internet.
Nessas últimas semanas vivemos um dos maiores atos públicos da história do Brasil. As movimentações se iniciaram na rede social — Facebook — onde os protestos foram organizados e, a cada dia, foram ganhando mais adeptos. Começou de forma anônima e tomou conta do país. Quase todas as cidades aderiram e se manifestaram sobre diversos problemas políticos e sociais enfrentados.
Em Nova Friburgo temos exemplos muito recentes de como as redes sociais se tornaram fundamentais. Em 2011, na tragédia que deixou nossa cidade devastada, ficamos sem comunicação por um longo período. Mas durante a chuva e enquanto havia luz e sinal de internet 3G, muitos foram os alertas enviados por usuários dessas redes, informando ao mundo o que acontecia aqui. Fotos, vídeos e mensagens eram enviados em tempo real e, acredito, várias pessoas que estavam em áreas de risco, conseguiram se salvar por causa da velocidade que as informações chegavam a seu destino. Isso foi tão importante que, atualmente, existem grupos cujos membros têm a função de publicar informações quando as chuvas deixam a cidade em situação de alerta, sendo que o conteúdo dessas mensagens pode conter avisos sobre pontos de alagamento, de desmoronamento, acidentes entre outros.
Esses são exemplos de como temos uma poderosa ferramenta nas mãos. Uma revolução pode iniciar do quarto de uma pessoa que esteja na frente de um computador, uma vida pode ser salva através de imagens de um celular. Tudo isso por pessoas normais, sem fama e até mesmo sem formação acadêmica para a mídia ou tecnologia. E o mais importante: a informação pode ser limpa, sem manipulação.
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