O levantamento é da Newspaper Association of America (NAA), que reúne os jornais dos EUA e projetou os números a partir de uma pesquisa junto a 330 títulos, com 40% da circulação. A associação, ao divulgar o estudo, destacou como uma de suas revelações mais importantes que a publicidade, que chegou a responder por 80% da receita no país, não passa hoje de 60%.
Outras fontes de recursos têm sido buscadas pelas empresas jornalísticas, como comércio eletrônico e distribuição comercial, e começam a contar no levantamento. “Os jornais, que têm as maiores redações e as marcas mais conhecidas nas comunidades que servem, estão agora buscando novas formas de servir aos negócios locais”, disse a presidente da NAA, Caroline Little.
IMPRESSO + DIGITAL – Para Ken Doctor, analista-chefe da consultoria Outsell, referência para o setor de mídia nos EUA, o estudo confirma a circulação como “luz mais brilhante no horizonte” da imprensa.
Mais precisamente, ele destaca o salto na receita com assinaturas para todas as plataformas (impresso + digital, inclusive aparelhos móveis), de quase 500%. “Receita é a métrica-chave”, afirma, sublinhando que o aumento das assinaturas só digitais, embora também alto (275%), tem pouco efeito na receita total, pois seu custo é baixo.
“Foi o esforço pelo acesso total [impresso + digital], para ganhar mais com o leitor que não se preocupa com o custo, que tornou possível o primeiro ganho de circulação em uma década”, avalia Doctor. Ele concorda com Little, da NAA, que “os jornais estão se transformando”, com maior inovação em “serviços de marketing, eventos e mais”. Mas diz que “essa necessária transformação tem sido profundamente lenta” (fonte: UOL).
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