A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) prorrogou para a próxima segunda-feira, 29, o início das aulas em todos os campus da instituição, inclusive no Instituto Politécnico do Rio de Janeiro (IPRJ), em Nova Friburgo. Depois de quase cinco meses de greve, a universidade voltaria às aulas na última terça-feira, 23, mas a reitoria decidiu adiar o início do período letivo em uma semana para concluir a contratação das empresas que serão encarregadas da manutenção e limpeza nas sete unidades espalhadas pelo estado.
O calendário acadêmico não sofrerá nova alteração. Assim, as aulas do primeiro semestre de 2016 recomeçarão no próximo dia 29 e terminarão em 22 de dezembro. Em seguida, haverá o recesso de fim de ano e também férias de 15 dias em janeiro. As aulas referentes ao segundo semestre de 2016 estão previstas para começar no dia 17 de janeiro de 2017 e devem terminar em 30 de maio do próximo ano. Os estudantes aprovados no segundo exame do vestibular, que será aplicado em outubro, só começarão a estudar no dia 10 de julho de 2017.
Os professores e demais funcionários da Uerj — com apoio de alunos — decidiram cruzar os braços a partir do dia 7 de março em prol de reajuste salarial, melhoria nas condições de trabalho, mas também devido aos atrasos nos repasses do governo às empresas terceirizadas, problemas de infraestrutura, além da falta de pagamento aos bolsistas e médicos residentes. Após quase cinco meses de greve, professores e técnico-administrativos suspenderam, no fim de julho, a paralisação depois de acordo com o governo estadual.
“A greve foi temporariamente suspensa pelos professores e funcionários, isto é, eles continuam em estado de greve, por conta da votação de dois projetos de lei, no fim de julho, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que podem mudar regras de promoção e a estrutura da carreira das categorias. O governo também se comprometeu a discutir outras reivindicações dos profissionais e da universidade”, explicou o presidente do Centro Acadêmico do Instituto Politécnico (Caip), o estudante Arthur Moura.
Os mais de 150 dias de paralisação atrasaram o início das aulas dos estudantes que entraram na universidade neste ano, mas também afetou a vida daqueles que se formariam no primeiro semestre deste ano. No último dia 30 de julho, quando a tocha olímpica passou por Nova Friburgo, cinco estudantes do Instituto Politécnico fizeram uma manifestação na Praça do Suspiro para cobrar uma solução para a greve.
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