Um nome conhecido da torcida do Friburguense ganha cada vez mais força, e desponta como favorito para reassumir o comando técnico da equipe na temporada de 2018. Gérson Andreotti é consenso entre os dirigentes do tricolor para tentar levar o clube de volta à primeira divisão estadual no ano do bicentenário de Nova Friburgo. A filosofia de trabalho, o conhecimento sobre o clube, a experiência e a identificação com os jogadores e com a cidade são fatores que pesam a favor de Andreotti.
“Na verdade, parece até que a gente é um pouco conservador, pois mantemos um processo muito longo de treinadores. Mas hoje a gente vê que quem faz isso no futebol brasileiro obtém os melhores resultados. A questão cultural de que o treinador é culpado de tudo está mudando. Tivemos vários profissionais que poderiam voltar, mas tenho um carinho muito grande, não só pessoal, mas principalmente pelo trabalho que o Gérson Andreotti fez. É um cara diferente, que tem o grupo na mão. O rebaixamento se deu não pelo trabalho que fizemos, e sim por conta do regulamento. O Gérson não caiu dentro do campo”, avalia o gerente de futebol do Friburguense, José Siqueira.
Gérson Andreotti chegou ao Tricolor da Serra no meio da disputa do Carioca da série B de 2011, após a demissão de Edson Souza, e comandou a equipe em 159 jogos oficiais até o fim do Estadual de 2016. O saldo de sua primeira passagem pelo Eduardo Guinle é positivo: foram 62 vitórias, 46 empates e 51 derrotas. O olhar atento para as divisões de base e as inúmeras oportunidades para os jovens jogadores são apontados como principais legados do treinador. Em cinco anos, Gérson foi vice-campeão da Copa Rio (2011), vice-campeão carioca da série B (2011), conquistando o acesso, 6º colocado no Campeonato Brasileiro série D (2012), ficando a uma vitória do acesso, e vice-campeão da Taça Rio (2014).
“Em 2011, quando atravessávamos uma pequena crise interna, o Gérson chegou e tudo melhorou de um jeito que conseguimos o acesso. É o perfil que eu considero ideal, da forma que a gente trabalha. À época, muita gente falou nas redes sociais que o Gérson não tinha o grupo na mão, criaram várias coisas, mas não teve nada disso. Pelo contrário. Ele fez muita falta, pela experiência, como todo o respeito ao Merica e ao Cadão”, avalia, ressaltando que ainda é preciso chegar a um acordo financeiro.
“É lógico que vai depender da questão financeira, mas ele é um abnegado, adora o Friburguense e isso pode ajudar a resolver com mais facilidade. O mercado está complicado para treinadores e jogadores, está fechado, e pode facilitar a vinda do Gérson”, observa Siqueira
Gérson Andreotti deixou o Friburguense após a queda para a segunda divisão, em 2016. Curiosamente, naquele ano, o Tricolor brigou pela classificação para as semifinais do primeiro turno e por muito pouco não a alcançou, caindo de produção na sequência do campeonato. Ainda assim, o Frizão fez uma das dez melhores campanhas no geral, sendo rebaixado por força do regulamento.
Apesar do reconhecimento, já não havia mais respaldo para a continuidade à época, e o desgaste natural pelos cinco anos de trabalho resultou na troca de comando. Durante todo o tempo em que esteve na área técnica, Andreotti jamais correu riscos de demissão no clube, apesar dos questionamentos feitos a algumas mudanças táticas, opções de escalação e substituições promovidas durante as partidas. Algo considerado natural dentro do futebol.
Além do aval de Siqueira, da experiência, da identificação e da bela trajetória construída no clube, outro fator deve pesar para o retorno de Andreotti: a vontade de levar o Friburguense para a primeira divisão novamente. “Já conversei com o Gérson, e ele está empolgado. Diz que o Friburguense é grande, que precisa subir, e que quer voltar a trabalhar aqui. O Gérson é otimismo e vontade pura de voltar e nos ajudar a subir”, acredita o gerente de futebol do Frizão.
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