Anchieta faz 130 anos e apresenta corredor histórico

​Comemoração de aniversário do tradicional colégio terá início nesta segunda-feira
sexta-feira, 08 de abril de 2016
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Amanda Tinoco/Arquivo A VOZ DA SERRA)
(Foto: Amanda Tinoco/Arquivo A VOZ DA SERRA)

A comemoração dos 130 anos de fundação do tradicional colégio — 1886/2016 — terá início na segunda-feira, 11, às 19h, com abertura do Memorial Anchieta, um presente para a cidade de Nova Friburgo que consiste num Corredor Histórico, uma iniciativa que visa oferecer à comunidade de Nova Friburgo e aos seus visitantes a oportunidade de conhecer histórias que honram mais de um século de missão educadora dos jesuítas em Friburgo, além da arquitetura do prédio e histórias da própria cidade. Às 20h, está prevista uma encenação documental no ginásio novo e, na terça, 12, às 19h, será celebrada missa solene.

Acervos de arte, cultura e história

Diversos ambientes fazem parte deste memorial, localizado no terceiro andar do prédio principal que, há algumas décadas, era de acesso restrito apenas aos jesuítas. A tradicional Biblioteca da Filosofia, com livros antigos, foi restaurada e abriga uma exposição de documentos da vida escolar de alunos ilustres, como o escritor Carlos Drummond de Andrade e o jurista Sobral Pinto. Uma Sala de Aula Retrô, com carteiras antigas de madeira foi toda reconstituída. A Sala de Música reúne, além de instrumentos, um grande acervo em disco de vinil, garimpados no sótão do colégio; e o acervo pictórico, recuperado, é digno de nota.

A Capela Mater Pietatis, em marchetaria, foi recuperada e conduzida ao seu lugar de origem, na ala central. Estará aberta também a belíssima Sala Nobre de Reuniões, que, como as famosas escadarias, encanta pelo trabalho em madeira. Há também a reconstituição de um quarto usado pelo Pe. Luiz Yabar, forte figura da história friburguense, reitor de vários colégios jesuítas em outras cidades.

Desafios que fortalecem e revigoram

A cada desafio vencido, ao longo de sua existência, é mais um passo dado na construção da longevidade sólida de uma instituição que caminha forte em direção ao sesquicentenário. Portanto, a cada década, uma justa comemoração. Com mais de 1.500 alunos na educação básica e nos cursos livres, o Colégio Anchieta completa 130 anos revigorado. Fundado em 12 de abril de 1886, começou com sete alunos, funcionando inicialmente no Château, então sede da Fazenda do Morro Queimado; em 1º de janeiro de 1902 foi lançada a pedra fundamental do prédio atual, que encanta tantas gerações de friburguenses e turistas.

Desde a posse do Pe. Luiz Antonio de Araújo Monnerat, como diretor geral, há dois anos, o colégio passa por um momento especial. Antigo professor do colégio e natural de Cordeiro, o padre também dirige o Colégio Santo Inácio, no Rio. Essa interface tem se mostrado positiva. No ano passado, os debates da ONU Colegial foram feitos com intercâmbio de alunos. Competições esportivas e exposições de artes também têm se beneficiado deste momento de troca e aprimoramento.

"A ideia sempre foi de abrir o colégio para a cidade. Nós nos preparamos para receber visitantes que possam se maravilhar conosco e conhecer de perto a nossa história. O Colégio Anchieta prepara alunos para o mundo, para a sua inserção na sociedade. Esse é o sentido de toda a educação. Nesse momento, temos uma força - não apenas simbólica - de abrir o colégio para a cidade, mas também uma maneira de expressar muito concretamente a nossa missão", disse o Pe. Toninho, como é carinhosamente chamado, visivelmente entusiasmado com as novas perspectivas.

Comemorações e homenagens

As comemorações serão simples, mas significativas. Na segunda-feira, 11, haverá a abertura do Corredor Histórico, a convidados. Na terça, 12, data em que no Colégio Anchieta foi fundado, será rezada uma Missa Solene, celebrada pelo Pe. João Renato Eidt, da Companhia de Jesus no Brasil.

Para a ocasião, o setor de Artes do colégio preparou uma montagem documental, que encenará fatos que marcaram a fundação e os primeiros passos da instituição, além de ressaltar os laços da sua história com a de Nova Friburgo. A encenação visitará também as páginas da velha estação de trem, pois até fins dos anos 1950,  padres e alunos chegavam à cidade pela linha férrea.

Está prevista uma homenagem ao Pe. Luiz Yabar e também aos professores e ex-alunos que já passaram pelo educandário. Estes últimos serão representados, respectivamente, pela professora Ledir Porto, e pelo ex-aluno David Massena. Todas as atividades programadas foram elaboradas para criar momentos que toquem as mentes e corações do público, valorizando ainda mais a educação, a história e a memória. E que remetam às lembranças e provoquem saudades do povo friburguense.

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