Análise hidrológica da tragédia de janeiro hoje no Hora Técnica

quarta-feira, 25 de maio de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Neste dia 25, às 21h, na TV Zoom (Canal 10 do sistema RCA), o tema “Análise hidrológica dos acontecimentos de 12 de janeiro” será debatido pelos engenheiros civis José Augusto Spinelli e Paulo Canedo de Magalhães, chefe do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ, durante o programa Hora Técnica, produzido pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Nova Friburgo (Aeanf). A intermediação será do jornalista Paulo de Carvalho.

Diante das desastrosas consequências do raro evento meteorológico que se abateu sobre Nova Friburgo e a Região Serrana em janeiro deste ano todos se perguntavam o que teria acontecido, como se explicava tanta chuva; como entender este catastrófico somatório de chuvas e escorregamentos de terra, o que a ciência diria, entre outras questões.

Foi o extenso e sólido currículo do especialista em hidrologia, engenheiro civil Paulo Canedo que, ainda em janeiro, o recomendou como técnico para diagnosticar as causas deste fenômeno hidrológico. Segundo ele, a devastação causada pela chuva foi resultado de uma combinação de fatores tão rara que pode levar 500 anos para ocorrer de novo. No evento de 12 de janeiro, “a famosa chuva de verão (...) durou quatro horas e meia, o que é bastante singular”, e se formou de maneira “estupidamente forte, com nuvens de 14 quilômetros de altura” afirma o especialista, acrescentando que “conforme ela desabava, ia se formando outra. Foi como se tivessem caído 18 tempestades de verão seguidamente, com enorme poder de destruição”. A formação de pequenas barragens naturais nos rios com o material que deslizou das encostas e que foram posteriormente rompidas pelas águas, contribuiu para a tragédia na região. Ainda segundo o especialista, seria impossível evitar este fenômeno climático, havendo, não obstante, necessidade de “uma política de ocupação adequada e projetos de mitigação de efeitos de cheias”, para minimizar os devastadores efeitos da chuva.

Os debates, acrescidos do cálculo matemático de que um fenômeno assim pode levar 500 anos para ocorrer de novo, o telespectador pode acompanhar no programa desta quarta-feira, que será precedido por palestra, às 17h, no auditório do Senai, na Rua José Eugênio Müller 220, Centro.

Para fazer perguntas ao vivo é só ligar 2519-2003. Para saber mais sobre a associação, enviar sugestões ao programa ou esclarecer dúvidas acesse www.aeanf.org.br ou envie e-mail para aeanf@gigalink.com.br.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade