Amor, sublime amor, de eternos namorados

sexta-feira, 07 de junho de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Amor, sublime amor, de eternos namorados
Amor, sublime amor, de eternos namorados

Foi só começar a tocar “Carinhoso” que a emoção tomou conta do Botequim do Café, onde Aldo e Rosa dançavam desde o começo da tarde. A apresentação do Amigos da Música – um grupo que se reúne às quintas-feiras para tocar e confraternizar – no último 30 de maio foi marcada, mais uma vez, pela presença do casal, sendo que desta vez a data era especial: ele completava 85 anos. Como presente, recebeu, com lágrimas nos olhos, o tradicional “Parabéns pra você” e a bela canção de Pixinguinha e Braguinha, entoada por todos os presentes. Em especial, pela esposa, olho no olho, numa dança – ou seria num abraço? – cheia de amor.
Difícil não notar a presença do casal. Aldo José Manes e a esposa Rosa Gonçalves Manes, de 80 anos, levam a vida dançando. São pés de valsa assumidos. É só  chegarem num lugar com música e lá vão eles, discretos, passinhos curtos, juntinhos, ao ritmo das canções. Ela, quase sempre cantando baixinho. E não param. Os mais jovens se cansam e eles continuam. Rosa conta que sempre foi assim. “Moramos muito tempo na Praça Onze (Rio de Janeiro), berço do samba”, justifica, ela. “Tivemos que sair de lá para a construção do sambódromo”, emenda.
Aldo José, ex-gerente de uma livraria, e Rosa, que foi secretária da Faculdade Jacobina, são casados há 55 anos – “vamos fazer 56, em setembro, no dia de Cosme e Damião”, esclarece ele – mas, como ela diz, contando com o período de namoro e noivado, são 61 anos de união. 
Ao vê-los nos “bailes da vida”, brilho nos olhos, amor estampado nos rostos, cuidados mútuos, alegrias compartilhadas, não há dúvidas: o namoro de Aldo e Rosa é eterno.


Há 60 anos nascia em Nova Friburgo uma linda história de amor

A Praça Getúlio Vargas foi testemunha dos olhares, serenatas, beijos roubados e muito clima de romance. Se o trem pudesse contar quantas idas e vindas da capital pra cá... quantas lágrimas e sorrisos nesse trajeto...
O romance deu certo, o namoro era sério, entre tantas cartas e sorvetes na Única, um namoro de adolescentes. Mas chegara a hora de definir o futuro, a vida adulta batia à porta, e os dois prestam vestibular para direito. A moça passa para duas faculdades, e ele não consegue a aprovação.
Como não podia ser diferente dos contos de fadas, ela espera o amado, e resolve estudar com ele mais um ano. Inventou cursos, viagens, planos para que a família não a obrigasse a ingressar na faculdade. E o que parecia loucura deu certo. Os dois foram aprovados no ano seguinte e estudariam anos juntos na Universidade Federal Fluminense.
Ela chegava cedo, anotava as matérias e deixava o caderno em perfeito estado. Ele saia correndo do trabalho, se atrasava, e lá, encontrava o caderno a sua espera e até um lanchinho. Veio então a formatura, quanto orgulho para os pais... Alegria e comemoração cercaram a data.
Depois da euforia, o casal percebeu que naquele momento começaria a corrida por uma vida melhor, empregos, terno e gravata e ainda mais responsabilidades, afinal, já namoravam há muito tempo e não viam a hora de se casar. Impossível contar quantos momentos difíceis passaram, mas dois anos depois estavam subindo ao altar!
O casamento foi no dia 15 de junho de 1963, na igreja Candelária, no centro do Rio de Janeiro. A igreja lotada, e aquele nervosismo típico dos noivos. Linda, ela fazia o coração dele bater mais forte. Depois do sim, aquele beijo para ficar para história. A partir daí só felicidade. Os filhos vieram, primeiro um menino, e depois a menina... e encheram a casa de vida. 
Mas alguma coisa ainda deixava o casal desconfortável. Eles tinham muita vontade de voltar para Friburgo e fazerem suas vidas aqui. Com um olhar empreendedor, criaram uma empresa e fizeram sua vida na cidade. 
Festeiros, cheios de amigos, com uma família enorme, sempre foram rodeados de alegria. Com a chegada dos netos, puderam renovar as energias e dobrar a felicidade. São 6 netos, cada um com sua personalidade, seu jeito próprio, mas que enchem os avós corujas de orgulho. Recentemente ganharam da vida mais um presente. O primeiro bisneto, filho da neta mais velha. 
Com o mesmo olhar apaixonado, completam no dia 15 próximo, 50 anos de casados e 10 anos de namoro, 60 anos de uma doce convivência. E ainda conseguimos presenciar, beijos de boa noite, eu te amo falado ao pé do ouvido, mãos dadas enquanto assistem TV. Além de uma história de amor e cumplicidade, Silvio e Maria José Ruiz são exemplos para aqueles que querem viver um amor de verdade e cultivá-lo ao longo dos anos.


Você Sabia?

Dia de São Valentim

O Dia dos Namorados é comemorado em vários países como Dia de São Valentim, 14 de fevereiro. O general e imperador romano Claudio II queria formar um grande e poderoso exército. Como acreditava que os jovens solteiros se alistariam com mais facilidade, resolveu proibir a realização de casamentos. Um bispo, também romano, chamado Valentim, passou a descumprir a ordem, celebrando casamentos em segredo. Mas acabou descoberto. Foi preso e condenado à morte. Durante o período em que ficou preso, muitas pessoas jogavam flores e bilhetes em sua cela, dizendo que ainda acreditavam no amor. Contam que até a filha do carcereiro, a jovem cega Astérias, se colocou a favor do bispo, conseguindo, inclusive, permissão para visitá-lo. Os dois se apaixonaram e ela, milagrosamente, recuperou a visão. Mas a história não teve final feliz: Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro de 270 a.C. Antes de morrer, o bispo enviou um bilhete para a amada, terminando com a assinatura “de seu Valentim”. No Brasil, a comemoração é realizada no dia 12 de junho por ser véspera do dia de Santo Antônio, tido como o santo casamenteiro. 





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