Amargo semestre

terça-feira, 11 de agosto de 2015
por Jornal A Voz da Serra

O MÊS DE AGOSTO está sendo marcado pelas tentativas do governo em superar o grave quadro político, econômico e institucional do país com acenos da presidente Dilma Rousseff para uma conciliação que permita melhorar o ambiente e fazer avançar o desenvolvimento do Brasil. Amargando baixos índices de popularidade, resta à mandatária apelar para o bom senso da população.

DA POLÍTICA AOS NEGÓCIOS empresariais, à saúde e à educação a conjuntura nacional está devendo ao friburguense a tradicional marca característica de sua multietnia. Suíços, alemães, italianos, libaneses, japoneses e portugueses, principalmente, que marcam a nossa colonização, não conseguiram ultrapassar o quadro nacional de dificuldades, mostrando uma Nova Friburgo cada vez mais brasileira. Os números e as estatísticas estão aí para provar a sua interatividade no que diz respeito aos grandes problemas enfrentados em todo o país.

MASCARAR A REALIDADE com frases de efeito ou com propaganda enganosa não nos afasta da grave questão social decorrente das dificuldades econômicas. O município, embora com uma ampla versatilidade na economia, como as indústrias, o turismo e o comércio farto, amarga uma estagnação preocupante que deveria ser permanentemente discutida pela sociedade organizada. Não é hora de se comemorar e, sim, de se preocupar com os caminhos a seguir.

SAUDOSISMO À PARTE, é necessário traçar alternativas de crescimento acompanhado da sustentabilidade do meio ambiente, oferecendo à comunidade uma qualidade de vida compatível com a grandeza de sua terra. Nova Friburgo possui todos os pré-requisitos para o seu crescimento econômico, porém ainda está longe de resolver os seus principais problemas. É necessário, portanto, uma atuação mais efetiva do poder público, associado à iniciativa privada, que destaque o progresso como a sua principal meta.

O DESEMPREGO tem se mostrado difícil de combater, atingindo indiscriminadamente todas as famílias friburguenses, exigindo do poder público e da iniciativa privada uma solução adequada para que se construam as bases do nosso progresso. Caso contrário, só fará aumentar o fluxo de friburguenses que pegam o ônibus em direção a municípios mais atraentes.

COM ESTE QUADRO sombrio e triste, espera-se que este segundo semestre contenha outros atrativos que façam a felicidade da população. Porque, no primeiro semestre que passou, lamentavelmente, a comunidade só pôde assistir aos lacônicos comunicados de aumentos, sem participar de momentos mais alegres que, em última análise, deveriam ser compartilhados por todos.

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