Alunão cobre a passarela de azul e mostra como os egípcios descobriram a cor

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
por Jornal A Voz da Serra
Alunão cobre a passarela de azul e mostra como os egípcios descobriram a cor
Alunão cobre a passarela de azul e mostra como os egípcios descobriram a cor

Não poderia ser diferente. A azul e branco do distrito de Conselheiro Paulino foi buscar nos primórdios da civilização egípcia a origem do pigmento de sua cor-símbolo e transformou a passarela do samba, já no início da madrugada da última segunda-feira, 15, num verdadeiro mar azul. O carnavalesco Alfredo Fraga investiu pesado no luxo e originalidade para mostrar como surgiu o pigmento de uma das três cores luz primárias, há mais de cinco mil anos. Da terra do azul a um mix de cores que fortalece a festa mais popular do planeta. Assim foi o Carnaval da Alunos do Samba, a mais antiga agremiação carnavalesca de Nova Friburgo, que levou para a avenida desta vez 18 alas bem compactadas, com representações dos soldados romanos, povos do Egito, sol, vento e flores. O desfile da escola, porém, foi prejudicado com a avaria de dois carros na concentração, e que não puderam ser apresentados.

Os servos egípcios abriram o espetáculo com a simbologia do seu próprio povo no reino de Cleópatra no enredo O meu azul é mais bonito. Os famosos escritos egípcios do início da humanidade aos sacerdotes e até o Faraó com seu templo imponente ganharam destaque em duas alas e no carro alegórico do Egito. Os guerreiros da idade das trevas foram homenageados pelo primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira do Alunão, Ronaldinho e Jaçanã, que brilha também na Sapucaí, no Império da Tijuca. Os soldados medievais e os nobres que se encantaram pelo azul pediram passagem para o show à parte dos pintores impressionistas, representados pela bateria do mestre Gutinho, que trouxe cem ritmistas com direito a coreografias, paradinha e o deleite da rainha Tatiana Cruz na passarela.

Depois de descoberto no Egito, o azul ganhou o mundo e a escola com mil componentes trouxe ao desfile um palácio da nobreza e da pintura estilizado numa das alegorias que representou a popularização da cor azul. Logo em seguida, passistas encarnaram os elementos do mar, vendedores de peixes, a terra azul na visão poética do astronauta e os elementos do céu, que garantem a pigmentação azul. O azul do mar tomou conta de um dos carros alegóricos da escola. Com muita criatividade e beleza e para mostrar que o azul do Alunão é mais bonito, as baianas da tia Zetti deram o recado com muito gingado num cenário azul reluzente.

Já o azul dos nobres ficou por conta do segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira Wellington e Ângela, e às crianças coube mostrar a renovação proposta pela cor azul destacada no samba-enredo de Deigre Silva, Ricardo Pavão, Paulinho Guaraná, Augustinho e Rafael de Caxias. “De peito aberto eu vou, a minha obra está gravada na história, minha beleza invade o infinito, de todo azul, o meu azul é mais bonito”, dizia a letra.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade