Aluna de biomedicina da UFF faz caldo verde para custear intercâmbio

Delivery nesta sexta tentará arrecadar R$ 12 mil que faltam para bancar viagem de estudo à Suécia
quinta-feira, 17 de maio de 2018
por Jornal A Voz da Serra
Raissa Moreira: vaquinha para custear intercâmbio (Arquivo AVS)
Raissa Moreira: vaquinha para custear intercâmbio (Arquivo AVS)

Raíssa Moreira, a estudante de biomedicina da UFF em Nova Friburgo que ganhou uma bolsa para estudar na Suécia, continua na luta para juntar os R$ 25 mil necessários para a viagem. Ela conseguiu R$ 13 mil, mas falta o restante.  

Nesta sexta-feira, 18, ela vai realizar um delivery de caldo verde para tentar arrecadar os R$ 12 mil que faltam. O prato custa R$ 6 (com exceção do Centro, há taxa de entrega de R$ 4). O pedido deve ser feito, das 18h às 22h, pelos telefones (22) 99806-2722 ou 99748-6229. 

Como publicou A VOZ DA SERRA em março, Raíssa, de 20 anos, está no 5º período de Biomedicina da UFF. Em 2017, a jovem também foi tema de outra reportagem, ao ganhar notoriedade na cidade ao fazer campanha nas redes sociais a fim de arrecadar fundos para participar de um congresso estudantil na Colômbia, para qual foi selecionada.

Este ano, o desafio de Raíssa é ainda maior. Ela concorreu a bolsas de estudo no mundo todo com mais de 700 outros estudantes através do Edital do Mobilidade UFF Internacional. Cada candidato tinha o direito de escolher duas opções de universidades para concorrer. Foi selecionada para a sua primeira escolha, a Uppsala University, a primeira faculdade fundada na Suécia. Raissa  foi a única do campus a ser escolhida no edital e a primeira estudante de Biomedicina do campus de Nova Friburgo a participar de um intercâmbio”, conta Raíssa.

Filha da merendeira Simone da Silva e do servidor público Ricardo Aurélio, Raíssa não tem condições de custear as despesas da viagem. Mas, para ela, esse nunca seria um motivo capaz de fazê-la desistir. “Estudar em Uppsala seria de extremo crescimento profissional, uma vez que a universidade oferece estrutura e ensino de ponta na área biomédica. Além disso, todo conhecimento adquirido poderia ser aplicado em pesquisas importantes na área de saúde que acontecem em minha universidade no Brasil. Não posso perder essa chance”, diz.

Para conseguir realizar esse sonho, desde janeiro a universitária e os pais têm colocado, literalmente, a mão na massa. Raíssa, Simone e Ricardo têm feito doces e salgados para vender (foto). “Eu e meus pais nos juntamos e estamos vendendo lanches. Temos feito hambúrguer e kibe de forno, sanduíche natural e docinhos, como brigadeiro e beijinho”, conta. E a jovem não dispensa mais trabalho. Durante as férias da faculdade, Raíssa aproveitou o tempo livre para se dividir entre a venda de quitutes e o emprego de balconista em um comércio da cidade.

 

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