O Alto do Mozer fica a cerca de 20 minutos do centro da cidade. Possui uma bela vista das montanhas e matas do município, mas para chegar lá é preciso enfrentar estradas muito estreitas. Os poucos moradores do Alto do Mozer reclamam bastante da falta de cuidados do poder público em relação ao bairro.
As principais queixas são em relação ao mau estado dos calçamentos, a iluminação e os horários de ônibus, que chegam a atrasar às vezes mais de uma hora, afirmam os moradores. O bairro é servido pelo micro Centro-Alto do Mozer, que, por ter poucos horários, faz com que muita gente acabe utilizando a linha Centro-Varginha — saltando no Parque Dom João VI, descendo e subindo a pé por um longo caminho.
Ana Paula Silva e Vera Lúcia de Oliveira, moradoras do bairro, defendem a instalação de um posto de saúde e a criação de uma área de lazer para as crianças do Alto do Mozer, além de lamentarem a quase inexistência de comércios no bairro — os mercados mais próximos, por exemplo, se encontram nos bairros de Varginha ou Ponte da Saudade. As moradoras também relataram a falta de numeração nas casas, o que impede a chegada de encomendas pelos Correios. Porém, segundo elas, a tranquilidade e a boa qualidade dos serviços de coleta de lixo e água são vantagens de se viver no bairro, que há cerca de quarenta anos não passava de um local com bastante mata e muito poucas casas. Nos últimos anos, entretanto, houve uma procura maior pelo local, que já vem passando por um crescimento desordenado e sem a infraestrutura necessária.
Outro morador do local, José Fernando, criticou a situação das estradas, bastante esburacadas, da iluminação pública — que, segundo os moradores, costuma falhar — e também dos Correios. Entre as vantagens do bairro, ele destaca os horários dos ônibus e a qualidade dos serviços de água e esgoto.
Lucimar Teixeira, moradora há 11 anos do bairro, disse que o Alto do Mozer precisava de uma área de lazer para as crianças, como um campo de futebol. "Como eles não têm um lugar para brincar, acabam tendo que usar as ruas para jogar bola, o que é perigoso”, comenta a moradora, que também disse que os horários de ônibus no bairro são poucos.
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