Policiais do 11ºBPM e suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas entraram em confronto duas vezes, em menos de 24 horas, no bairro Alto de Olaria, na última semana. A primeira troca de tiros aconteceu por volta das 21h30 de quinta-feira, 1ª. No dia seguinte, um suspeito foi baleado e morreu durante o confronto com a PM.
As ocorrências aconteceram em diferentes locais do bairro. Na quinta-feira, os policiais do Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), do batalhão, foram recebidos a tiros por suspeitos quando chegaram para averiguar uma denúncia de tráfico na Rua Purus. Na ocasião, ninguém ficou ferido, mas o caso foi registrado na 151ª DP como tentativa de homicídio. Uma testemunha foi encaminhada à Delegacia Legal para prestar depoimento, mas foi liberada em seguida.
Na sexta-feira, 2, outra equipe do Patamo trocou tiros com suspeitos de envolvimento com o tráfico. No confronto, um rapaz de 19 anos foi baleado. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o jovem não resistiu ao ferimento e morreu no local.
Segundo os militares, o suspeito estava no grupo que efetuou vários disparos contra a equipe do 11ºBPM. Ainda de acordo com os policiais, com o rapaz foram apreendidas uma pistola calibre 380, 11 pedras de maconha, três munições do mesmo calibre da arma intactas e duas deflagradas. O caso foi registrado na 151ª DP, onde foi constatado que o suspeito morto na ação tinha saído da prisão há dois meses e que contra ele haviam várias anotações pelo crime de tráfico de drogas.
Nova operação tentou encontrar mais suspeitos
Segundo o comandante do batalhão, coronel Eduardo Vaz Castelano, apesar das ocorrências, não foi necessário aumentar o efetivo policial na localidade. Ainda de acordo com o comandante, uma operação foi deflagrada ainda na última sexta-feira para tentar identificar outros suspeitos envolvidos no tiroteio. O caso, no entanto, é investigado pela Polícia Civil, que esteve no local do confronto realizando perícia.
“Seguimos com o patrulhamento normal no bairro, fazendo rondas como já é feito, sem necessidade de reforço do efetivo. A perícia esteve no local e realizamos uma operação logo em seguida com o objetivo de levantar informações que levem a identificação dos outros envolvidos”, afirmou o comandante Castelano.
Sobre o curto período de tempo entre os dois confrontos, ele explica que as equipes conseguiram chegar ao local sem serem denunciadas por membros do tráfico e que os tiros disparados contra a guarnição são uma forma dos criminosos tentarem escapar em meio ao confronto.
“O tráfico de drogas leva a marginais armados, isso é algo que acontece já faz algum tempo. Na quinta-feira a equipe foi recebida a tiros, no dia seguinte, no mesmo bairro, mas em locais diferentes, a guarnição entrou em confronto com marginais, que para fugir, efetuaram vários disparos, mas um deles foi alvejado. O que a gente entende é que as equipes conseguiram chegar num momento em que esses bandidos estavam desprevenidos, porém, quando eles viram a aproximação começaram a atirar para poder fugir”, conta Castelano.
A respeito das armas usadas pelos suspeitos nos tiroteios, o coronel informa que, de acordo com o que foi constatado pela perícia, a maioria eram pistolas, não havendo nenhuma arma de grosso calibre envolvida em nenhum dos casos: “Com o suspeito baleado foi apreendida uma pistola calibre 380 e, as informações coletadas no local, são de que os demais suspeitos também estavam armados com pistolas. Ainda não temos aqui casos de confronto envolvendo fuzis, apesar de já termos apreendidos essa arma, mas na ocasião ela estava enterrada, guardada e não nas mãos dos marginais”, detalha o comandante.
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