O alpinista Jomar da Silva Amorim, 29 anos, morreu na tarde da última quinta-feira, 30 de maio, ao cair da pedra do Cão Sentado, símbolo turístico de Nova Friburgo, em Furnas do Catete, distrito de Conselheiro Paulino. Jomar — que era tido pelo grupo de amigos que o acompanhava como um alpinista experiente — caiu de uma altura de aproximadamente 70 metros e teve morte instantânea. O Corpo de Bombeiros enfrentou bastante dificuldade para resgatar o corpo, encontrado em meio a rochas e muita vegetação, em um local de difícil acesso. A operação durou cerca de três horas. De acordo com o apurado pela polícia no local do acidente, Jomar, que morava em Teresópolis, iniciou a escalada nas costas da pedra ainda pela manhã, na companhia de pelo menos outros nove alpinistas, todos também do município vizinho. A fatalidade ocorreu no início da tarde.
A queda, segundo o apurado inicialmente pela polícia, teria sido fruto de um erro de Jomar, que possivelmente não conseguiu afixar um dos grampos na parede rochosa, causando seu desequilíbrio. Jomar também não estaria usando capacete. Os grampos de ferro em forma de ganchos servem para equilibrar os alpinistas durante todo o percurso da escalada. A pedra do Cão Sentado tem aproximadamente 100m de altura. O desafio, no entanto, não era grande para Jomar, que, segundo o grupo, costumava escalar imensos paredões na região. O grupo, inclusive, já havia feito escaladas anteriormente na pedra do Cão Sentado.
O administrador do parque onde fica a pedra, Ronaldo Amorim, comentou no dia do acidente que, ao contrário das demais vezes que os alpinistas escalaram as costas da pedra, na última quinta-feira a administração do parque não foi comunicada da aventura. O empresário reforçou que, embora o parque seja propício a escaladas, não estimula a prática de esportes radicais no local devido à insegurança.
O comandante do Corpo de Bombeiros de Nova Friburgo, tenente-coronel Ricardo Leal, disse nessa sexta-feira, 31 de maio, que o alpinismo é um esporte de alto risco e requer cuidados redobrados até mesmo de quem já possui prática, mas no caso específico da fatalidade com Jomar caberá à Polícia Civil investigar se os equipamentos de segurança do grupo de Teresópolis estavam adequados para aquela prática e se pode ter ocorrido alguma falha técnica ocasionando a queda fatal. O corpo do alpinista foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Nova Friburgo (IML) para necropsia e liberado na sexta-feira para sepultamento em Teresópolis.
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