O MÊS DE MARÇO finda no rastro das comemorações do Dia Internacional da Mulher, e ainda é oportuno falar do sexo feminino na vida friburguense. Se o calendário inteiro fosse dela não seria exagero, mas sim, o reconhecimento de sua importância. Em Nova Friburgo, além de limitado às comemorações, o universo feminino ainda é mantido bem afastado dos meios políticos, salvo exceções, como a vice-prefeita Grace Arruda.
ESTATISTICAMENTE no município, mulher e homem dividem em partes iguais a população, o eleitorado, o mercado de trabalho e a movimentação comercial. Em números redondos, eles e elas equilibram a realidade social. Porém, a balança da representação política mostra o domínio quase absoluto do sexo masculino.
A AUSÊNCIA FEMININA no poder eletivo e nos altos escalões do governo é danoso sob todos os aspectos, mas essa realidade somente poderá ser mudada pela mulher, que até então, opta por votar em candidaturas do sexo masculino. A mulher não tem como justificar que entre 21 vereadores a Câmara Municipal de Nova Friburgo tenha somente uma cadeira ocupada por uma mulher: Wanderleia Lima, atualmente licenciada para exercer função no Executivo.
O CENÁRIO POLÍTICO friburguense que exclui a mulher merece profunda reflexão no mês a ela dedicado. A população não pode mais presenciar calada essa exclusão que se verifica. Essa reação obrigatoriamente tem que partir das lideranças femininas, de modo suprapartidário e sem a preocupação de estabelecer confronto com os homens, mas somente em busca de um espaço perdido pelo acomodamento.
QUE A MULHER FRIBURGUENSE não se acomode. Que não se deixe vencer. A terra abençoada e de tantas outras "guerreiras” precisa equilibrar sua representação com a sensibilidade feminina, que tanta falta faz na condução de nossa gente.
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